A Coordenação do Sistema Estadual de Transplantes (Coset), da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio da equipe de Serviço Social, desenvolve uma Pesquisa Qualidade de Vida em pacientes pós-transplantados, em parceria com as Unidades de Ensino de Serviço Social das faculdades Unime e Dom Pedro 2º, integrada ao Programa Educa Transplantes.

Sob a coordenação da assistente social da Coset, Liane Monteiro, e das coordenadoras de curso, Patrícia Vergasta e Selma Mosquera, 20 alunas entraram em campo, no início da semana, em diversos bairros de Salvador, visitando 100 famílias de pacientes pós-transplantados de rim, fígado e córnea, no período de 2006/2007.

A equipe de Serviço Social, da qual também fazem parte as assistentes sociais Sandra Behrens, Kátia Santos e Sílvia Bandeira, vem definindo um plano de ação para o trabalho com as famílias, no período de espera nas filas de doação de órgãos e após os transplantes.

Segundo Liane Monteiro, o transplante de órgãos está inserido num contexto socioeconômico e cultural e o seu êxito também está relacionado a estas condições, que interferem na dinâmica familiar e, consequentemente, na reabilitação dos pacientes para alcançar a qualidade de vida.

Ela acrescenta que a família é um agente fundamental nas relações de cuidado, de acolhimento afetivo e de incentivo à adaptação e recuperação após o transplante.
A assistente social explica ainda que a pesquisa vai identificar as principais demandas de trabalho com famílias e pacientes, que já sinalizam necessidades de práticas de grupos de convivência, esporte e lazer, assistência social e reabilitação profissional, além de avaliar o nível de satisfação com os serviços prestados pelo Estado.
Os trabalhos decorrentes dessas demandas deverão ser alojados nos Núcleos de Apoio do pré e pós-transplantes, projetos de inclusão social em andamento na coordenação.