As experiências do Canadá, Estados Unidos, França e Alemanha com o empreendedorismo foram apresentadas durante a Feira de Tecnologia e Simpósio Internacional de Inovação (Bahiatec) , que começou nesta quinta-feira (20) e segue até sexta (21), no Hotel Pestana.

Um dos países mais bem-sucedidos no quesito Inovação Tecnológica, a Alemanha, vai investir cerca de seis bilhões de euros, até 2009, em ações com foco na alta tecnologia. “Queremos aumentar a excelência e a competitividade das pesquisas desenvolvidas nas nossas universidades”, explicou Gabriele Althoff, da Agência de Intercâmbio Acadêmico da Alemanha.

Também no Canadá, os investimentos para Ciência e Tecnologia (C&T) são expressivos. Segundo Miriam Leia Bekkouche, do Ministério das Relações Exteriores e Comércio Internacional do Canadá, o governo de seu país chega a investir US$ 9 bilhões por ano em educação superior, programas de fomento a empresas inovadoras e laboratórios de pesquisa.

Os Estados Unidos também tiveram sua trajetória com C&T apresentadas durante o Simpósio. Gary Evans, da Angle Technology, afirmou que no país já existem, hoje, mais de 100 parques tecnológicos, dos quais 75% pertencem a universidades norte-americanas que atuam em parceria com empresas. No Brasil, os dados mais recentes apontam para 11 parques tecnológicos funcionando e 65 em fase de construção, a exemplo do de Salvador, que ficará na Av. Paralela.

A experiência francesa com Inovação e Empreendedorismo foi apresentada por Terry Shinn, do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França. Naquele país, embora já no início dos anos 1970 tenham sido dados os primeiros passos para fazer a transferência de conhecimento obtido com pesquisa acadêmica para a indústria, a aproximação entre os dois setores começou a dar resultados mais efetivos a partir de 1999, cinco anos após a aprovação da lei de inovação francesa.

De acordo com Eduardo Costa, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para que o Brasil seja tão bem-sucedido quanto esses países em CT&I, é preciso que os empresários aceitem o desafio de inovar e busquem ser mais criativos. “Em geral, os empresários vêm o governo como aquele agente que só serve para aumentar os impostos, e não como uma fonte de recursos, muitas vezes não-reembolsáveis, para investir em inovação”, explica Costa. Somente na Bahia, em 2008, a Finep injetou R$ 11 milhões para financiar projetos inovadores de empresas do estado.

A programação completa da Bahiatec está disponível no site www.promobahia.com.br/inovacao2008/.