A taxa de desemprego registrada em outubro na Região Metropolitana de Salvador foi a menor de desemprego total para os meses de outubro desde o início da pesquisa em dezembro de 1996. Na comparação entre outubro de 2008 e de 2007, a taxa de desemprego total diminuiu 5,1%, passando de 21,5% para os atuais 20,4% da População Economicamente Ativa (PEA). Este resultado foi reflexo da redução da taxa de desemprego aberto, de 13,6% para 12,6%, e da relativa estabilidade da taxa de desemprego oculto, de 7,9% para 7,8%.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, observou-se a saída de 16 mil pessoas da situação de desemprego, resultado da criação de 37 mil postos de trabalho, número mais que suficiente para absorver as pessoas que passaram a integrar a força de trabalho da região, 21 mil. A taxa de participação diminuiu de 61,5% para os atuais 60,5%.

Esses são os resultados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), pela Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Ufba, por meio da Faculdade de Ciências Econômicas, órgãos parceiros na pesquisa.

A pesquisa registrou, em outubro, um ligeiro aumento na taxa de desemprego em relação ao mês anterior. O índice passou de 19,7% em setembro, para atuais 20,4%. A taxa de desemprego aberto passou de 12,2% para os atuais 12,6%, enquanto a de desemprego oculto passou de 7,5% para 7,8% da PEA.
O número estimado de desempregados na RMS é de 380 mil pessoas, 15 mil a mais que o mês de setembro. Este número é resultado da entrada de 11 mil pessoas para a População Economicamente Ativa, combinado com a retração de quatro mil ocupações. A taxa de participação ficou relativamente estável, ao passar de 60,3% registrados em setembro, para os atuais 60,5%.

A Indústria apresentou desempenho positivo, com a oferta de mais quatro mil postos de trabalho. O agregado Outros Setores, que inclui Serviços Domésticos, Construção Civil e Outras Atividades, também apresentou expansão, com mais seis mil ocupações. Houve desempenho negativo nos seguintes setores de atividade: Comércio (menos cinco mil postos de trabalho) e Serviços (menos nove mil).

Segundo a posição na ocupação foram criados quatro mil postos de trabalho assalariado. Os contingentes de trabalhadores assalariados dos setores privado e público tiveram movimentos diferenciados. O setor privado diminuiu em dois mil pessoas e o setor público aumentou em cinco mil.

Entre os assalariados do setor privado houve redução de dois mil postos de trabalho sem registro formal e não houve alteração nos que têm registro formal. As demais categorias apresentaram decréscimos como: trabalhadores domésticos (seis mil), agregado Outros, que inclui os Empregadores, os Trabalhadores Familiares e os Donos de Negócios Familiares, entre outros (1 mil) e os autônomos (1 mil). Em relação ao rendimento médio real houve aumento para os ocupados (1,1%) enquanto ficou praticamente estável para os assalariados (-0,2%).

Os valores desses rendimentos foram estimados em R$ 955 e R$ 1.050, respectivamente. No mesmo período, a massa de rendimentos aumentou para os ocupados (2,1%), em razão do crescimento do nível de ocupação e do rendimento, e também cresceu entre os assalariados (0,8%), devido ao acréscimo do nível de emprego, visto que os salários praticamente não se modificaram.

Comportamento em 12 meses

Na comparação entre outubro de 2008 e de 2007, a taxa de ocupação elevou-se 2,6%, devido ao crescimento registrado no setor de Serviços (28 mil novas ocupações) e no agregado Outros Setores (15 mil postos de trabalho a mais), que inclui a Construção Civil, os Serviços Domésticos e Outras Atividades. No Comércio, houve redução de cinco mil ocupações, e na Indústriade, de 1 mil postos.

Segundo a posição ocupacional, o contingente de trabalhadores assalariados registrou incremento de 31 mil pessoas em relação a outubro de 2007. Houve acréscimo no número de assalariados do setor privado (14 mil) e do setor público (16 mil).

No segmento privado houve aumento no contingente de assalariados com carteira assinada (13 mil) e no número de trabalhadores sem carteira assinada (1 mil). O contingente de autônomos cresceu em 19 mil trabalhadores, enquanto o de domésticos diminuiu em 8 mil e o do agregado “Outros”, em 5 mil.

Em relação a setembro de 2007 houve crescimento do rendimento real médio tanto da população ocupada (12,4%) quanto da assalariada (11,1%). No mesmo período, aconteceu elevação expressiva nas massas de rendimentos médios reais dos ocupados (17,1%) e dos assalariados (16,4%). Nas duas categorias, esse aumento deveu-se ao desempenho positivo do rendimento médio e, com menor intensidade, do nível de ocupação.