Teste realizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em 31 brinquedos, identificou, em oito deles, um nível de ftalato acima do permitido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

A utilização do ftalato gera polêmica em todo o mundo. O composto químico serve para dar flexibilidade ao plástico, sendo utilizado na maioria das vezes em brinquedos.

Na Europa, esse composto é proibido há quatro anos e nos Estados Unidos é ainda assunto em discussão. No Brasil, o Inmetro optou em regular o uso da substância.

Pelas normas do instituto, nenhum brinquedo pode conter ftalato DEHP, um tipo desse composto, com concentração acima de 0,1% em sua composição plástica.

Brinquedos para menores de três anos também não podem ter uma concentração de ftalato DINP, um outro tipo, acima desse mesmo porcentual.

Os limites para a presença de ftalatos em brinquedos foram definidos em setembro de 2007, a as empresas tinham até abril deste ano para se adaptarem.

O Inmetro aguarda o resultado de um segundo teste para repassar aos IPEMs de cada estado, como o Ibametro, a necessidade ou não de realizar o recall dos produtos reprovados pelo teste do Idec.

Brinquedos reprovados

Smile&Learn, da BS Toys (com 0,2% de ftalato, acima do permitido)

Lovely Collection, da Multi Brother, (com 39%)
Garu, da Grow, (6%)

Funny Car, da Plast Brinq (6%)
Chocalho Ocean Wonder, da Fisher-Price/Mattel (30%)

Boneca da Mônica (30%)

Meu Primeiro Boliche, da Algazarra (32%).

O boneco pirata do Shrek3 apresentou excesso dos dois tipos de ftalato, o DEHP (2%) e o DINP (39%)