LOCAL: Palacete das Artes Rodin Bahia, Rua da Graça, nº 284, Graça.
DATA: 11.12.08 (quinta-feira)
HORÁRIO: 19h

O QUE É: Vernissage da mostra de arte nipo-brasileira “Abraços na Arte: Brasil/Japão”.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS: 

EXPOSIÇÃO: Composta de 70 obras de artistas dos dois países, tem como objetivo mostrar como a cultura japonesa influenciou a pintura e a escultura na arte brasileira e como os costumes do Brasil influenciaram os imigrantes japoneses e seus descendentes. A iniciativa é da Niplan Engenharia e o Palacete das Artes Rodin Bahia, com o apoio da Associação Cultural Nippo Brasileira de Salvador, do Instituto Manabu Mabe e da Secretaria da Cultura do Governo da Bahia. 

PÚBLICO: A mostra, que tem como curadores Yugo Mabe e Roberto Okinaka deverá atrair a atenção de baianos, turistas, alunos de escolas públicas e particulares, integrantes de associações da terceira idade e crianças de Organizações Não Governamentais (ONGs). 

FORMA: A exposição está dividida em três partes:

Pioneiros: São os artistas japoneses fundadores dos grupos Seibi, Jacaré e Guanabara, que nas décadas de 30, 40 e 50 organizaram vários salões de arte e diversas mostras individuais e coletivas. Fazem parte deste módulo: Tadashi Kaminagai; Tomoo Handa; Yoshiya Takaoka; Yuji Tamaki; Walter Shigeto Tanaka; Manabu Mabe; Tikashi Fukushima; Alina Okinaka; Massao Okinaka; e Tsukika Okayama.

Mestres do Abstracionismo: Este módulo é formado pelos mestres do abstracionismo, que obtiveram reconhecimento junto às Bienais Paulistas, nos anos 50 e 60. São eles: Manabu Mabe; Kazuo Wakabayashi; Tikashi Fukushima; Bin Kondo; Tomie Ohtake; Sachiko Koshikoku; Flávio-Shiró; Hisao Ohara; Yutaka Toyota; e Tomoshige Kusuno.

Arte contemporânea: A cultura-artística dos nipo-brasileiros destaca-se pelo apuro técnico, interesse experimental, formação apurada e a sintonia com seu tempo. Essas características são demonstradas na seleção dos artistas, que na sua maioria nasceram no Brasil. Boa parte deles, diferentemente dos pioneiros, recebeu formação universitária em artes plásticas e arquitetura. São eles: Ayao Okamoto; Megumi Yuasa; Futoshi Yoshizawa; Midori Hatanaka; James Kudo; Takashi Fukushima; Kimi Nii; Taro Kaneko; Lydia Okumura; Roberto Okinaka; Nobuo Mitsunashi; Yugo Mabe; e Mario Ishikawa.

CENTENÁRIO JAPONÊS: Como parte das comemorações pelo centenário da chegada dos japoneses ao país, o XV Festival Anual da Cultura Japonesa aconteceu entre os dias 29 e 31 de agosto, no Parque de Exposições. Durante os três dias, o visitante pôde conhecer diversas faces desta cultura milenar, a exemplo da religião, dança, música, pintura, gastronomia e artes marciais. Organizado pela Associação Cultura Nippo Brasileira em Salvador (Anisa), em parceria com o Consulado Honorário do Japão na Bahia e o comitê organizador do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, o evento contou com o apoio do Governo do Estado.

HISTÓRIA: Os primeiros imigrantes do Japão vieram para a Bahia após a II Guerra Mundial e receberam do governo terras para que pudessem aplicar seus conhecimentos de agricultura, tornando-as produtivas. Os nippo-baianos se estabeleceram em três colônias localizadas em Una, Ituberá e Mata de São João, que recebeu o maior número de imigrantes japoneses, chegando ao total de 117 famílias até a década de 60. Em meados dos anos 70, outras colônias também foram criadas nos municípios de Teixeira de Freitas e Eunapólis, onde se especializaram no cultivo de mamão papaia e plantas ornamentais.

BAHIA: O Consulado Geral Honorário do Japão em Salvador com Jurisdição para a Bahia estima que atualmente o estado abrigue de oito a dez mil japoneses e nippo-descendentes, mas esses dados não são oficiais. A representação do país fechou parceria com o curso de Relações Internacionais de uma faculdade na tentativa de quantificar os japoneses e descendentes no estado, oficializando os números numa espécie de “Nippo Senso da Bahia”. Já na capital baiana, cerca de 200 famílias estão cadastradas na Associação Cultural Nippo Brasileira de Salvador.