O governo da Bahia, por meio da Secretaria Estadual da Educação (SEC), ampliou o número de unidades de ensino da rede pública pertencentes ao programa Escola Aberta. Foram incluídas mais 29 escolas, passando a ter 60 em Salvador e região metropolitana.

No sábado (6), será iniciada a formação dos oficineiros e a cada final de semana será desenvolvida uma área específica. Nos dias 6 e 7, será trabalhado o tema Esporte e Lazer, nos dias 13 e 14, será Iniciação ao Trabalho, e 20 e 21, Arte e Cultura. A formação é dividida em três módulos, que começam este mês e prosseguem em março e julho de 2009.

O programa, uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC), em parceria com as secretarias da Educação e a Unesco, abre as escolas nos finais de semana e oferece atividades culturais, iniciação ao trabalho, esporte e lazer para os alunos, pais, crianças, jovens, adultos e idosos da comunidade.

Estudos comprovam um elevado índice de violência entre os jovens de 13 a 27 anos nos finais de semana. Atualmente, estão em funcionamento escolas abertas em 22 estados, nas regiões metropolitanas.

Segundo a coordenadora do programa, da SEC, Naynara Moreira, o MEC informou que pretende levar a iniciativa também, a partir de 2009, para os municípios do interior. Cabe à SEC a responsabilidade de investir na formação e acompanhar o funcionamento nas unidades.

Durante o processo de adesão, a secretaria realizou encontros com os diretores das escolas para orientá-los sobre o funcionamento do programa. Na fase atual, as unidades que aderiram, este ano, ao Escola Aberta estão se mobilizando para as oficinas e estruturando suas equipes de trabalho.

Mudanças e novos planos

As unidades que aderiram ao programa este ano já estão percebendo as mudanças e começam a fazer planos de expandir o trabalho. O diretor Wellington Pereira, do Colégio Dr. Luiz Rogério Souza, em Plataforma, que está oferecendo, via Escola Aberta, balé, dança afro, culinária, curso de espanhol, futsal e suingue baiano, disse que com essa nova forma de educar vão melhorar os índices educacionais, fazendo com que os professores repensem a forma de ensinar.

“Logo que cheguei, a escola tinha até janela faltando. Hoje, pais e pessoas da comunidade têm ajudado muito e colaborado não só com materiais, mas também com a manutenção”, afirmou Pereira. “E a contribuição da comunidade para a formação do aluno e para a educação só tem trazido benefícios, através da troca de experiência, o que tem estimulado a curiosidade dos jovens e os atraído para a escola”.

Os professores já estão vendo os resultados do trabalho e fazendo planos para uma futura exposição. “Dessa forma, conseguiremos mudar a educação, mudar a Bahia”, destacou o diretor.

A Escola Estadual Maria Anita, no Lobato, que já ganhou prêmios em referência de gestão escolar, já teve problemas de depredação do patrimônio e alto índice de evasão. Com a adesão ao programa, há quatro anos, pôde dar a volta por cima e mudar o quadro.

Hoje, oferece, dentre outros, um curso inovador de elétrica, que beneficia muitas pessoas na comunidade, fazendo-as com que tenham uma perspectiva de trabalho e mudanças no comportamento.

A diretora Luciane Passos afirmou que o curso capacita para a manutenção residencial em eletricidade, “um serviço muito requisitado”. No final deste mês, a escola vai realizar um grande encontro do programa com outras unidades do entorno.