O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que a criação de um fundo de receitas seria importante para o fortalecimento dos países do Mercosul. Em pronunciamento na Reunião de Cúpulas da América Latina e Caribe (Calca), na manhã desta terça-feira, em Costa do Sauípe, ele também propôs a implantação de uma moeda única para o bloco, assim como para todos os países da América Latina.

Morales defendeu ainda, a entrada de Cuba na Organização dos Estados Americanos (OEA) e declarou que espera do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, a suspensão do embargo econômico à ilha. “Caso isso não seja possível, eu sugiro que todos [presidentes e primeiros-ministros da AL] façamos um bloqueio econômico aos norte-americanos, além do fechamento de embaixadas deles em nossos países”. 

Segundo Morales, Cuba é um país solidário e que tem muitas experiências a acrescentar ao mundo, principalmente nas áreas da Saúde e Educação, com a prestação de serviços gratuitos à toda a população do país.

O líder boliviano também criticou instituições do o Banco Mundial (Bird) e o Fundo Monetário Internacional que, segundo ele, nunca apresentaram soluções para os problemas financeiros da América Latina. Evo Morales também se mostrou contrário à privatização de empresas de setores estratégicos e disse que o caminho correto é a nacionalização destes serviços.

Apesar disso, ele destacou a parceria com o Brasil para a recuperação de refinarias bolivianas e pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um auxílio financeiro de US$ 500 milhões para investimentos em ações de segurança alimentar e programas sociais. “Isso para o Brasil não é nada”, brincou.