Voluntários elaboram projetos para recuperação das águas no extremo sul

Os pescadores, indígenas e demais representantes de comunidades tradicionais do extremo sul da Bahia, que foram capacitados para atuar como voluntários em ações de preservação, recuperação e conservação dos recursos naturais da região onde vivem, se reúnem, neste final de semana, em Porto Seguro.

Esta é a terceira das quatro etapas do Programa Agentes Voluntários das Águas, que está sendo construído pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), autarquia da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), em parceria com as comunidades tradicionais.

O encontro acontece deste sábado (13) a segunda-feira (15), no Hotel Recanto do Sol, em Porto Seguro, para a elaboração do plano de ação do programa, que contempla os projetos a serem desenvolvidos pelos voluntários de proteção das águas, rios, nascentes, lagoas, matas ciliares e demais recursos naturais da região.

Programação

A abertura acontece às 14h de sábado, com a apresentação dos agentes voluntários e do grupo gestor do programa, e uma retrospectiva do processo de construção do programa. Ao final da reunião, às 18h, haverá uma apresentação do poeta, músico e educador ambiental Maviael Melo.

No domingo, das 8 às 18h, será feita a elaboração do plano de ação dos agentes, com a divisão dos 41 voluntários em seis grupos de trabalho dos projetos que vão ser desenvolvidos e transformados nos planos de ação, que envolverá a colaboração dos grupos gestores, constituído de 30 instituições governamentais e não-governamentais da região para apoio ao programa.

Na segunda-feira, das 9 às 15h, haverá a apresentação final do plano de ação e a oficialização do comprometimento dos GG com o programa. Uma dança indígena dos pataxós das aldeias do extremo sul encerrará a reunião.

Agentes Voluntários

Para a coordenadora de Educação Ambiental do Ingá, Maria Henriqueta Andrade, os projetos foram feitos a partir das necessidades dos agentes. “Essas pessoas dedicam todo o seu tempo para a aplicação dos projetos porque foram mobilizadas, tocadas pelo desejo da prática da educação ambiental”, explica.

Na primeira etapa do programa, os agentes fizeram uma oficina de apresentação dos resultados preliminares sobre o diagnóstico socioambiental. Na segunda, foram apresentados os instrumentos educativos com um curso de 40 horas e uma oficina de elaboração de projetos, também com 40 horas.

Nesta terceira etapa, os voluntários se encontrarão para oficializar o apoio dos grupos gestores ao programa e a apresentação do plano de ação.