A Cúpula dos Povos do Sul reúne neste sábado e domingo (13 e 14), no Centro de Convenções, representantes de movimentos sociais dos países da América Latina e Caribe. O encontro vai discutir temas como segurança alimentar, soberania financeira, energética e regional, justiça climática e ambiental, além da desmilitarização e os direitos humanos.

As discussões servirão de base para a Declaração dos Povos da América Latina e Caribe, que será encaminhada aos Chefes de Estado, reunidos na Costa do Sauípe, nos próximos dias 16 e 17.

“Nós buscamos realmente uma sensibilização dos chefes de Estado, para que finalmente consigamos concretizar uma luta que vem sendo traçada desde a batalha contra a Alca”, relatou a representante da Rede Brasileira Pela Integração dos Povos, Fátima Mello.

De acordo com o representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, Rafael Freire, a crise internacional é o ponto de partida para que as reivindicações da sociedade sejam ouvidas. “É a oportunidade que nós temos de mostrar que esse modelo capitalista não funciona, e da sociedade se fazer ouvir para alcançar mudanças”, afirmou.

Para a secretária estadual de Promoção da Igualdade, Luiza Bairros, a participação da sociedade civil organizada é essencial para as discussões da cúpula. “A participação da sociedade é fundamental para que as lutas de tanto tempo, por uma sociedade mais justa e igualitária sejam concretizadas”, garantiu.

Além da sensibilização dos governistas, a Cúpula busca uma maior integração social, econômica e política entre os povos dos países do Mercosul. “É um momento diferente e nosso principal desafio é fazer essa integração entre os povos, mas de forma que as diretrizes de governo de cada região sejam adaptadas às suas necessidades”, declarou o representante da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras da Argentina – CTA, Juan Gonzalez.

O evento será encerrado na segunda-feira (15), com a Marcha pela Unidade Latino-Americana e Caribenha, que sairá do Campo Grande, às 17h, em direção à Praça Municipal.