Dirigentes, superintendentes, coordenadores, assessores especiais e funcionários da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) se reuniram, na manhã desta terça-feira (16), no prédio da Desenbahia, no Caminho das Árvores, para fazer um balanço das atividades de 2008 e discutir as ações de C&T para o próximo ano. A percepção geral foi de que a secretaria conseguiu cumprir de modo satisfatório a execução do orçamento.

Além disso, a Secti avançou na implantação de projetos estratégicos e especiais como o início da construção do Parque Tecnológico de Salvador, a ampliação do número de Centros Digitais de Cidadania (CDCs), do Programa de Inclusão Sócio Digital do Governo do Estado, as ações de fomento à pesquisa, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), o estímulo ao setor de Tecnologia da Informação e o incentivo aos Arranjos Produtivos Locais, por intermédio do Programa de Fortalecimento da Base Empresarial (Progredir), dentre outras atividades.

O secretário Ildes Ferreira reconheceu que a Secti avançou muito em 2008, o que, segundo ele, já vem sendo percebido pela sociedade, mas conclamou seus auxiliares a agirem com tranqüilidade e firmeza para aproveitar as boas chances que se delineiam para 2009.

“Estamos aqui para rever o que fizemos, sem medo de eventuais erros, para melhorar o que vamos fazer”, enfatizou. A diretora-geral da Fapesb, Dora Leal Rosa, dsse que 2008 “foi um ano de muitos avanços na Fundação”, destacando os editais temáticos que buscaram fomentar, de forma acentuada, parcerias com as instituições de ensino e pesquisa do interior do estado.

Outro ponto forte, conforme Dora, foi o apoio a grupos de pesquisas emergentes e a jovens pesquisadores, passando ainda pelo estreitamento da parceria com instituições financiadoras como a Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep), do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).

O diretor-geral da Secti, Hélio Mesquita, reiterou a expectativa de que, em 2009, o órgão vai ter “uma boa execução orçamentária”, e anunciou algumas medidas administrativas para o próximo ano, como a implantação dos sistemas de controle interno e de acompanhamento de projetos e a capacitação em gestão e em editais e licitações em geral.

Avanços principais

Entre as ações da Secti, em 2008, os gestores destacaram a implantação de 326 Centros Digitais de Cidadania (CDCs), do Programa Cidadania Digital, em mais 213 municípios. Outros 319 CDCs serão instalados no 1º semestre de 2009, aumentando o número de unidades para 1007 e garantirá a cobertura total das cidades baianas.

Além disso, a qualificação de jovens estudantes da rede pública em recursos humanos em TI,a realização da 2° Semana Estadual de TI e a execução do Programa de Fortalecimento da Base Empresarial ( Progredir).

Também foram destacados os avanços para a implantação de novos Centros Vocacionais Tecnológicos Territoriais, em municípios como Alagoinhas, Cruz das Almas, senhor do Bonfim.

O Programa de Qualificação em RH de TI pretende inserir no mercado de trabalho 10 mil estudantes entre 16 e 24 anos, do ensino médio da rede pública. Os 82 primeiros alunos do Programa de Qualificação de Recursos Humanos em Tecnologia da Informação recebem, nesta quinta-feira (18), às 14h30, no Centro Batista Clérinston Andrade, na Avenida Garibaldi, em Salvador, o certificado do conclusão do curso. Uma nova turma de 270 alunos começa a formação em fevereiro e outra de 830 será selecionada em maio de 2009.

Com o Parque Tecnológico, cujas obras de infra-estrutura já foram iniciadas na Avenida Paralela, a Bahia se prepara para dar uma importante salto científico, tecnológico e industrial e ingressar no rol dos países desenvolvidos que já contam com este tipo de empreendimento.

O Programa Progredir vai garantir o aporte de US$ 16,6 milhões, ao longo de 30 anos, para tornar mais atraentes de competitivas as micro, pequenas e médias empresas de diversos segmentos produtivos, organizadas em Arranjos Produtivos Locais (APLs).

Os recursos são oriundos de fontes próprias do Estado e de parceiros (40%) e o restante (60%), obtido por meio de empréstimo junto ao BID. Os dois primeiros APLs reestruturados foram o de TI e de Confecções.