Criação de um comitê permanente tripartite (governo, empresariado e trabalhadores) de acompanhamento da crise financeira, redução e isenção de impostos, realização de concursos públicos e desburocratização do acesso ao crédito para as pequenas e médias empresas são algumas das propostas feitas pelas centrais sindicais do estado ao governo da Bahia.

É que na manhã desta terça-feira (27) o governador Jaques Wagner se sentou à mesa com representantes de seis centrais sindicais (CUT, CTB, UGT, NCST, CGTB e Força Sindical) para discutir as medidas para conter os efeitos da crise financeira que vem repercutindo em todo o mundo.

As propostas apresentadas pelos sindicalistas visam evitar o estrangulamento dos postos de trabalho e a redução salarial, como já propõem alguns setores da ala empresarial conservadora.

“Esse conjunto de propostas objetiva a retomada da geração de emprego e o crescimento econômico. Isso só será possível com investimentos pesados por parte do governo e empresários, com o acompanhamento da classe trabalhadora”, disse o presidente da CUT/BA, Martiniano Costa.

O governador apresentou algumas ações do Estado para refrear a crise e impulsionar a economia local. Dentre elas, citou a realização de concursos públicos, renegociação do ICMS acumulado de várias empresas (devolvendo à fonte empregadora sua capacidade de investimento), manutenção das obras de infraestrutura (geradora de emprego e dinamizadora da economia) e reestruturação da carreira dos servidores públicos. “Existe um projeto de lei tramitando na Assembléia Legislativa que repactua as carreiras do Estado”, informou.

Atração de novos investimentos

Wagner ressaltou o empenho da política econômica estadual, que fomenta a atração de novos investimentos para a Bahia, fez uma avaliação positiva do encontro e se mostrou otimista para enfrentar a crise.

“O governador assumiu esse compromisso conosco para que a crise tenha o mínimo efeito possível na geração de emprego, na distribuição de renda e nos programas sociais que estão sendo desenvolvidos na Bahia”, declarou a presidente estadual da Força Sindical, Nair Goulart.