O governador Jaques Wagner e sua esposa, Fátima Mendonça, foram os paraninfos da missa solene, neste domingo (18), às 10 horas, na Igreja do Senhor do Bonfim. A solenidade, integrante das festividades em homenagem ao santo católico, foi conduzida pelo arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, cardeal D. Geraldo Majella e teve a participação de centenas de fiéis, além de membros da Irmandade do Nosso Senhor do Bonfim.

Devoção

Desde cedo, o movimento de turistas e fiéis era intenso em frente ao templo religioso, no último dia de festejos. Gente pagando promessas, fazendo pedidos, agradecendo pelas graças alcançadas ou simplesmente posando para fotos. Tinha até quem não dispensasse um banho de folhas, ritual característico das religiões de matriz africana, antes de começar a missa.

Às 10h, os homens da Irmandade, vestidos em longos trajes cor de vinho, saíram em filas da sede, deram a volta na praça e posicionaram-se em frente ao templo para recepcionar o arcebispo e o governador. Durante duas horas, os fiéis louvaram, rezaram e ouviram a mensagem principal na qual dom Majella ressaltou a importância e o significado da solenidade.

Diversidade e esperança

Católica, Fátima Mendonça disse não ter nenhum problema em conviver com o marido, que é judeu. “Lá em casa, prevalece a tolerância às diferenças, porque acho que todos os caminhos levam à Deus”, afirmou. Para Jaques Wagner, participar da homenagem, que é tradicionalmente feita aos governadores do Estado, é sinal de respeito e agradecimento ao povo baiano.

Questionado por uma repórter sobre o que espera para 2009, respondeu: “Estou muito otimista, apesar da crise financeira, e confiante de que este será um ano de grandes realizações”.Após o fim da missa, a bandeira do Senhor do Bonfim foi baixada e substituída pela de Nossa Senhora da Guia, marcando o começo das festividades em homenagem à santa.