Depois de aldeias indígenas, assentamentos rurais, comunidades quilombolas, templos católicos, evangélicos e de candomblé, dentre outras instituições, chegou a vez de uma colônia de pescadores receber um Centros Digital de Cidadania (CDC), do programa de inclusão sociodigital do Governo do Estado. O novo CDC foi inaugurado nesta quarta-feira (11) , na Colônia de Pescadores Z7 de Maragojipe, no recôncavo baiano.

A colônia tem aproximadamente 3 mil associados, principalmente pescadores e marisqueiras. Para a presidente da Colônia, Roquelina Souza Almeida, o novo centro vai contribuir para a melhoria de vida das famílias associadas, principalmente dos jovens. “O pescador é inteligente. Temos uma sabedoria que poucos possuem em relação à natureza, então se Deus nos deu essa oportunidade, certamente vamos aproveitar e utilizar esses computadores da melhor forma”, disse Roquelina.

Aos poucos, o Cidadania Digital vem ajudando a tirar a Bahia da incômoda 20ª posição no ranking da inclusão digital entre os estados da federação. Cada unidade é composta por 10 computadores equipados com softwares livres e conectados à internet banda larga, um servidor e impressora. A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) já entregou mais de 680 CDCs em 408 municípios baianos.

De acordo com o secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ildes Ferreira, o CDC é um lugar ideal para a capacitação em informática, o acesso à cultura, ao lazer e à educação. “Estamos implantando centros em todos os municípios baianos, promovendo a inclusão sociodigital e ampliando a cidadania das pessoas, principalmente aquelas que não têm condições de ter um computador conectado à internet em casa”, disse o secretário.

Na inauguração, uma das mais atentas era a menina Ivoneide Ferreira dos Santos, que aos 10 anos de idade nunca tinha sequer sentado na frente de um computador. “Agora eu vou poder aprender a usar a internet e estudar melhor”, disse. A implantação do CDC de Maragojipe contou com o apoio da Votorantim.