Publicada às 17:50

Atualizada às 21:00

Em meio à folia e em praça pública, o governador Jaques Wagner, assinou, na tarde desta segunda-feira (23), decreto elevando o Carnaval de Maragojipe, município do Recôncavo baiano, a 133 quilômetros de Salvador, à categoria de Patrimônio Imaterial da Bahia.

Para o diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado (Ipac), Frederico Mendonça, a chancela do órgão é uma grife que agrega valor ao Carnaval maragojipano. “Esse registro pelo instituto mostra o reconhecimento de uma manifestação cultural que se mantém viva há 100 anos”.

Além do Carnaval de Maragojipe, o Governo do Estado investiu na festa de outros municípios, a exemplo de Palmeiras e Rio de Contas, que têm manifestações culturais tradicionais e peculiares. Wagner ressaltou a importância econômica da festa, que “gera emprego e renda para um exército de trabalhadores, movimentando a indústria do Carnaval”.

O prefeito de Maragojipe, Sílvio Ataliba, disse que, pela primeira vez, o governo democratizou os recursos da Cultura no estado, voltando a face para o Recôncavo. “A sensibilidade política do Governo do Estado preservou o Carnaval das máscaras e marchinhas”.

A festividade maragojipana remonta ao Carnaval de Veneza, do final do século 19. A folia é marcada pela criatividade e diversidade, incorporando elementos das matrizes africanas, indígenas e européias.

A mistura cultural é caracterizada pelo uso de máscaras, confeccionadas de papel machê, foliões travestidos de pierrôs, colombinas e uso de fantasias mais contemporâneas que incorporam elementos da tradição do Recôncavo.

O Ipac já registrou com bem intangível e imaterial, a festa de Santa Bárbara e a Capoeira. Está em fase de finalização, os estudos do Cortejo 2 de Julho e afoxés da Bahia.

A assinatura do decreto contou ainda com a presença do prefeito dos secretários da Cultura, Márcio Meirelles, e do Turismo, Domingos Leonelli. Na ocasião, também foi criado pelo Ipac, no município, um Conselho de Patrimônio Cultural e Natural. Os conselheiros têm como missão criar projetos para salvaguardar os monumentos históricos e as reservas ambientais da cidade.