Governo do Estado, Prefeitura, Polícia Federal e Tribunal de Justiça se reúnem pelo segundo ano para constituir o Centro Integrado de Informações Estratégicas do Carnaval. Ao todo, por dia, são mais de 100 funcionários trabalhando num prédio em Ondina.

As atividades do centro se concentram em três eixos: monitoramento da festa por câmeras nos circuitos; colheita de dados informações como ocorrências policiais e médicas; e confecção de relatório diário (a partir de acompanhamento da mídia e dos dados coletados) para subsidiar as reuniões das autoridades envolvidas na realização da folia.

“A partir da conexão em rede e o fluxo contínuo de informações, podemos encurtar o caminho para ações reparadoras. Na quinta (19), por exemplo, a Defesa Civil acionou seu braço aqui que, por conseguinte, acionou a PM que fez o trabalho de interdição da arquibancada que estava com problemas, ação que aconteceu de modo mais rápida”, exemplificou a ação do centro André Oliveira, um dos coordenadores.

Monitoramento

O Centro Integrado é a base para operação de 30 câmeras especiais, com poder de alcance e reconhecimento de 350m, elas foram instaladas para aumentar a segurança durante a folia. São 12 câmeras no circuito Campo Grande e 18 no circuito Barra-Ondina. Além dessas câmeras, há mais 14 instaladas no Pelourinho e 87 (entre fixas e móveis) da Polícia Militar.

As câmeras, monitoradas pelo centro, estão instaladas em pontos estratégicos e dos dois lados das pistas. Praticamente não há pontos cegos por conta da passagem de trios. Elas possuem funcionamento automático, varrendo áreas escolhidas mediante programação de pontos e períodos pré-estabelecidos pelos operadores ou podem ainda ser executadas manualmente.

São oito operadores, cada um monitorando até quatro câmeras, que tem acesso direto aos rádios das patrulhas. O monitoramento funciona 24h e facilita o serviço dos policiais. Informados diretamente, eles agem de modo imediato para resolver os problemas detectados.

Cuidado com os dados

Dentro da colheita de informações os técnicos mantém contato com as bases tanto por telefone como por dados acessados dentro da rede de computadores de cada órgão. O trato com os dados segue bastante prudência para evitar desencontros.

Polícias Militar, Civil e Federal; Guarda Municipal; Superintendência de Inteligência da Secretária de Segurança Pública; Defesa Civil; Secretárias Estadual e Municipal de Saúde; Secretária Estadual de Turismo e Empresa Salvador Turismo; 1° e 2° Varas de Infância e da Juventude; Ouvidoria Geral do Estado; Transalvador; Secretaria Municipal de Reparação; Coordenadoria de Missões Especiais da Polícia Militar e Departamento de Polícia Técnica são os 17 órgãos que compõem o Centro de dados e informações.