Prefeitos, líderanças territoriais, gestores públicos, representantes dos governos estaduais da Bahia e Pernambuco, além do governo federal estiveram reunidos, nesta quarta-feira (18), em Paulo Afonso, para debater e buscar fortalecer o desenvolvimento sustentável do Território de Itaparica.

Ações de Ciência e Tecnologia foram destacadas pelo secretário da pasta na Bahia, Ildes Ferreira, que citou, entre outros assuntos, a importância da capacitação tecnológica para fortalecer a economia local e a inclusão sócio-digital da população como vetor de desenvolvimento social.

“A secretaria possui diversas iniciativas no território de Itaparica, mas tanto a sociedade civil organizada quanto as prefeituras precisam formular projetos e gerar demanda qualificada para a ampliação das ações”, explicou o secretário.
Atualmente, os seis municípios do território localizados em solo baiano possuem 16 Centros Digitais de Cidadania (CDCs), alguns já funcionando e outros em implantação, para promover a inclusão sócio-digital da população.

O superintendente de Agricultura Familiar, da Secretaria de Agricultura da Bahia, Ailton Florêncio, destacou a importância do encontro. “A sociedade civil, as prefeituras e os governos estadual e federal precisam trabalhar de forma articulada e encarar os territórios como unidades de planejamento, controle e execução de politicas públicas, principalmente com o enfoque voltado para o fortalecimento da agricultura familiar e dos pequenos empreendimentos”, disse.

Para a diretora do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, Maria Moraes de Carvalho, “todas as secretarias e órgãos do Governo da Bahia estão empenhados em fortalecer os territórios de identidade e a erradicação da pobreza, de forma que a Bahia não carregue essa marca perversa para as famílias e para um desenvolvimento sustentável de nosso estado”.

Composto por 13 municípios, dos quais seis localizados na Bahia e sete no estado de Pernambuco, o território tem na psicultura uma importante atividade econômica e de segurança alimentar. Porém, a dificuldade na concessão de licenças ambientais tem preocupado os produtores de tilápia, que, por conta dessa situação, não conseguem financiamentos públicos para a atividade.

Antes do encontro territorial, o secretário participou de uma reunião com as instituições públicas e as representações de produtores de pescados. Segundo Ildes Ferreira, “a questão do licenciamento precisa ser resolvida urgentemente, mas os produtores também carecem de desenvolvimento tecnológico para oferecer um produto mais competitivo no mercado”.

Com foco na melhoria da produção de pescado, a Secti desenvolve, em Paulo Afonso, o programa Progredir, que atua junto a 11 Arranjos Produtivos Locais (APLs) em diversos territórios baianos.