A Região Metropolitana de Salvador reduziu o desemprego no primeiro mês de 2009. A taxa que era de 19,8% em dezembro, caiu para atuais 19,4% da População Economicamente Ativa (PEA). A estimativa é de que aproximadamente 354 mil pessoas estão desempregadas, nove mil a menos que em dezembro. Esse resultado foi obtido da redução da PEA em oito mil pessoas, combinada a criação de mil vagas no mercado de trabalho.

As informações são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quinta-feira (26) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento. São parceiros na pesquisa o Dieese, a Secretaria do Trabalho Renda e Esporte do Estado da Bahia (Setre), a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e a Fundação Seade..

Tanto a taxa de desemprego aberto (pessoas que no período pesquisado realmente procuraram trabalho) quanto o desemprego oculto (inclui os que não procuraram emprego por desalento ou porque exerciam trabalho precário) tiveram reduções, enquanto o aberto caiu de 11,7% para 11,5%, o oculto diminuiu de 8, 2% para 7,8%.

Em janeiro, a taxa de participação diminuiu, passando de 59,3% para atuais 58,9%. Já a ocupação praticamente não se alterou (0,1%) entre dezembro e janeiro. O contingente de ocupados foi estimado em 1.471 mil trabalhadores, mil a mais do que no mês anterior.

Os setores de Comércio e ‘Outros Setores’ expandiram as vagas no mercado de trabalho. O primeiro criou 15 mil ocupações, um aumento de 6,4%, enquanto o agregado ‘Outros Setores’, que inclui Serviços Domésticos, Construção Civil e Outras Atividades, mais duas mil vagas, isto é, um crescimento de 0,9%.

Os segmentos Serviços e Indústria contribuíram para o desemprego. Os Serviços cortou 14 mil postos de trabalho, menos 1,6%, e a Indústria, reduziu duas mil ocupações, também, menos 1,6% das vagas.

De acordo com a posição na ocupação, houve pequena retração no emprego assalariado, um decréscimo de sete mil postos de trabalho, o que significa -0,7%. Esse resultado foi causado pela redução do emprego no setor público, menos nove mil vagas, já que o setor privado permaneceu relativamente estável, com a criação de mil ocupações.

Considerando apenas o setor privado, observou-se um aumento de 0,8% no número de postos de trabalho seletista, com ganho de cinco mil empregos, enquanto o sem carteira assinada registrou declínio de 2,8%, com perda de quatro mil ocupações. Expandiram o número de trabalhadores autônomos, mais seis mil, e de trabalhadores domésticos, oito mil, entretanto o agregado ‘Outros’, que inclui os Empregadores, os Trabalhadores Familiares e os Donos de Negócios Familiares, entre outros, registrou perda de seis mil postos.

O rendimento médio real apresentou decréscimo de 1,7% para os ocupados e de 2,3% para os assalariados, sendo estimados em R$ 970 e R$ 1.067, respectivamente.

Acumulado

Em relação a janeiro de 2008, a taxa de desemprego total decresceu de 19,8% para 19,4% da PEA, encadeado pela redução das taxas de desemprego aberto, de 11,7% para 11,5%, e oculto, de 8,1% para 7,8%. Com a saída de 37 mil pessoas da População Economicamente Ativa (PEA) e a redução de 22 mil ocupações, pode-se verificar uma queda no número de desempregados de 15 mil pessoas. A taxa de participação retraiu de 61,8% para os atuais 58,9%.

Nos doze últimos meses, houve retração da ocupação na Indústria, em 13 mil vagas ou -9,3%; no agregado ‘Outros Setores’, (Construção Civil, Serviços Domésticos e Outras Atividades), em 10 mil vagas ou -4,3%; e nos Serviços que diminuiu três mil postos de trabalho ou -0,3%. De todos os setores, apenas o Comércio expandiu os postos de trabalho, com a abertura de quatro mil ocupações, um crescimento de 1,6%.

O contingente de trabalhadores assalariados aumentou 1,8%, com crescimento do emprego público, em 13 mil postos e, em menor proporção, do no setor privado, 2 mil vagas.