Caciques das aldeias Pataxó e Tupinambá, que representam 26 comunidades indígenas do extremo sul da Bahia, distribuídas nos municípios de Prado, Itamaraju, Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Belmonte e Itapebi, foram à Secretaria da Saúde (Sesab), nesta sexta-feira (13), reivindicar ampliação do acesso e da qualidade da assistência prestada às populações indígenas, com prioridade para a construção e reforma das unidades básicas de Saúde.

O secretário em exercício, Amaury Teixeira, e técnicos da diretoria da Atenção Básica (DAB), receberam os caciques, que saíram de lá com a informação de que “a política de atenção à população indígena está sendo redefinida e que, na medida do possível, a Sesab atenderá às reivindicações que estão sendo feitas”.

Amaury afirmou que a problemática da demarcação e a ampliação de territórios tradicionais, muitas delas em áreas de litígio, dificulta investimentos como a construção de unidades de saúde. Mas garantiu que a Sesab irá buscar alternativas jurídicas para atender ao pedido dos indígenas.

Ele sugeriu a utilização de unidades móveis nas áreas onde não há regularização dos terrenos até que a situação seja normalizada. A falta de medicamentos da atenção básica e a dificuldade de acesso à consultas especializadas foram outros problemas apresentados pelos caciques.

Os técnicos da DAB garantiram melhorias nestas áreas, desde que a Sesab seja cientificada das necessidades e prioridades, exemplo dos medicamentos da farmácia básica mais utilizados por estas comunidades.