O café irrigado poderá levar a Bahia a aumentar a produção do grão. Atualmente, o estado detém a quarta posição no ranking dos estados produtores, com 2,5 milhões de sacas. Minas Gerais é o primeiro, respondendo por 50% da produção nacional, seguido do Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia. Em São Paulo, a lavoura do café perde espaço para o cultivo da cana e da laranja, que pode ser ocupado pela Bahia, que assumiria o terceiro lugar no ranking nacional.

A partir desta segunda-feira (9), os maiores especialistas de cada elo do agronegócio café, além de representantes de todos os estados produtores, participam do 10º Simpósio Nacional do Agronegócio Café (Agrocafé), que será aberto no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador.

No mesmo dia, acontecerá o Fórum de Secretários de Agricultura, com a participação dos secretários da Agricultura dos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Rondônia. O evento é promovido pela Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), com o apoio da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri).

A Bahia tem aproximadamente 135 mil hectares de área plantada, espalhados por 167 municípios. Destes, em pelo menos 80 esta atividade já se apresenta de forma importante e em outros 30 se sobressai como de relevante importância econômica.

As propriedades produtoras baianas estão estimadas em 10 mil, das quais 50% são de pequenos produtores, 40% de médios, e apenas 10% são consideradas grandes, sendo que, desta última, só 5% apresentam áreas superiores a 100 hectares, concentradas no oeste, onde a atividade é empresarial.

Nesta atividade, atuam diretamente 10 mil famílias residentes nas propriedades, que empregam 150 mil pessoas, número ampliado em mais 100 mil durante a colheita, com a mão-de-obra temporária. Em toda cadeia, desde a produção ao comércio, atuam em média 400 mil pessoas, o que a torna a principal atividade geradora de emprego e renda nas regiões onde está instalada.