Uma reflexão sobre a questão racial no Brasil é o mote do documentário Preto e Branco que o cineasta e videoartista paulista Carlos Nader traz para a Bahia, dentro da programação do projeto Cinema de Artista do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM). Sua participação no projeto também inclui a Retrospectiva Videoarte Carlos Nader, com quatro curtas produzidos entre 1992 e 2001.

Nader é o vencedor da competição brasileira do festival de documentários É Tudo Verdade, principal evento dedicado exclusivamente à cultura do documentário na América do Sul, com o filme Pan-Cinema Permanente, sobre o artista baiano Wally Salomão.

A Retrospectiva de Videoarte Carlos Nader tem estréia nesta quarta-feira (18), às 19h, e será seguida de um bate-papo com o artista, com a participação de Solange Farkas, curadora e diretora do MAM. Já o longa Preto e Branco tem pré-estréia nesta quinta-feira (19), às 19h, também seguida de uma conversa com o artista.

Após os eventos de lançamento, a retrospectiva fica em cartaz de 19 a 26 de março, sempre às 14h, e tem entrada gratuita. O longa ‘Preto e Branco’, também tem horário fixo, às 20h, com preço único de R$4,00.

Cinema de Artista

Lançado em novembro de 2008, com a exibição do longa O Andarilho e da retrospectiva de videoarte do mineiro Cao Guimarães, o projeto Cinema de Artista é uma parceria entre o MAM e o Circuito Sala de Arte, com o objetivo de trazer para Salvador o trabalho de realizadores que passeiam entre as linguagens, tanto do vídeo quanto do cinema, oferecendo uma alternativa aos circuitos convencionais de exibição.

Mostra circuitos compartilhados

A cultura audiovisual também ganha espaço no MAM este mês com a mostra da Coleção Circuitos Compartilhados, uma compilação da videoarte de coletivos artísticos brasileiros, com trabalhos produzidos desde a década de 1970 até a atualidade. O lançamento ocorre nesta sexta-feira (20), às 19h, quando será realizada uma mesa-redonda com o idealizador do projeto, o artista Goto, o diretor de Museus do IPAC, Daniel Rangel, o representante do Ministério da Cultura, Afonso Henrique Martins Luz, o artista Everton Santos (Grupo de Interferência Ambiental – G.I.A.) e o a diretora assistente do MAM, Stella Carrozzo.

Composta de 150 conjuntos com 35 DVDs cada, a coleção chega a marca de 44h35’25”, com 225 títulos em vídeo e filme associados a 87 ações de circuitos artísticos ocorridos no Brasil entre os anos 70 e a atualidade, organizados em 20 programas.