O Brasil possui uma variedade de insetos que poderia ser explorada pela culinária alternativa, se não fosse a cultura existente que a desconhece e por isso rejeita os insetos como alimento. Esse assunto começou a ser discutido na manhã desta segunda-feira (16) no I Simpósio Nacional sobre Antropoentomofagia: Benefícios e Desafios do uso de Insetos como Alimento, na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Segundo o coordenador do evento, o professor doutor Eraldo Medeiros, os insetos comestíveis são consumidos normalmente em outras culturas como em países da Ásia e da África, além de México e Austrália. “Eles são ricos em proteínas, lipídeos, potássio, sódio, zinco e fósforo, entre outros elementos importantes para a saúde humana”, afirma.

No Brasil e em especial no Nordeste, os insetos comestíveis são encontrados em abundância, afirma Eraldo Medeiros. Ele cita formigas, cupins, lagartas, grilos, gafanhotos, larva de besouro e até larvas de moscas. “O grande desafio é fazer com que a cultura do brasileiro aceite o consumo dos insetos na perspectiva de valorizar esses animais como fonte de proteína”, ressalta.

Participam do evento pesquisadores, estudantes e profissionais, inclusive alguns vindos de outros estados e outros países como México, Colômbia e Argentina.

O encontro continua nesta terça-feira (17). Entre as atividades será realizada oficina de preparação de pratos com insetos comestíveis no Laboratório de Engenharia de Alimentos, localizado no Módulo 3. Serão ministradas receitas como morangos recheados de chantily e tenébrios, bruschettas de grillos, guisado estilo cantonês com grilos e pizza com insetos.

O Simpósio está sendo realizado durante todo o dia até essa quarta-feira (18) no anfiteatro da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). A programação completa está no portal www.uefs.br.