O Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) instalou mais um lance de régua linimétrica de monitoramento do nível de água na Lagoa do Abaeté. Os dados sobre o volume de água da lagoa e o índice pluviométrico são coletados diariamente pela administração do Parque Lagoa do Abaeté e por técnicos da Área de Proteção Ambiental (APA) do Abaeté e repassados ao Ingá para que sejam feitos estudos sobre a relação entre o nível de água da lagoa e a ocorrência de chuvas.

O monitoramento é feito mensalmente pelo Ingá para a realização de estudos e a observação das ocorrências de desmatamento, impermeabilização, infiltrações, diminuição do índice pluviométrico e fatores que possam influenciar o nível de água da lagoa.

A ação foi acompanhada pelo coordenador de Monitoramento Hidrometeorológico do Ingá, Maurício Lima, e pelo analista de Recursos Hídricos, Jorge Lustosa. A nova régua foi colocada porque a administração do Parque Lagoa do Abaeté comunicou ao Ingá a impossibilidade de leitura das informações na régua anterior. Em apenas um ano, foram instalados dois lances de régua.

De acordo com Maurício Lima, o atual nível de 60 centímetros de água da lagoa está crítico e não é comum ocorrer esse recuo com frequência. “A lagoa é um ecossistema ambiental em que várias espécies são objetos de estudo e baseado nos acompanhamentos realizados, é possível fazer ações de recuperação. Até onde for possível será monitorado, e se for preciso, será feita a colocação de novas réguas”, afirma.

Atualmente, existem cinco lances de régua no local para o monitoramento dos níveis de água e um pluviômetro para medir os índices de chuva. Os três primeiros lances de régua foram instalados em 2004. Em 2008, houve a necessidade de mais um lance. Em um ano, técnicos da administração do Parque Lagoa do Abaeté, da Área de Proteção Ambiental (APA) e do Ingá apontaram níveis de recuo crítico e observaram a urgência de colocação de mais um lance de régua.

A lagoa é um meio de sobrevivência para pescadores, moradores do local e atrativo turístico, o que torna importante a realização de avaliações constantes. “A lagoa do Abaeté é uma área de estudo contínua e a nossa intenção é dar prosseguimento ao monitoramento para que não haja maior avanço no nível crítico da lagoa”, ressaltou o coordenador.