Com um incremento de até 200% no abate inspecionado, a partir da política de modernização e regionalização de frigoríficos e por meio de incentivos fiscais para a atração de investimentos, a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) tem garantido carne de qualidade e com certificação para o mercado, além de desenvolver a cadeia produtiva no estado como um todo. Em apenas dois anos, 23 frigoríficos já foram implantados e, até dezembro, outros cinco deverão ser inaugurados.

“A demanda do segmento é grande e já existem na Seagri mais 13 pedidos de licenciamento para implantação de empreendimentos desse tipo”, anunciou o secretário da Agricultura, Roberto Muniz, durante a inauguração do Frigorífico de Alagoinhas (Frigoalas), no final de semana. O ato contou com a participação do governador Jaques Wagner, de autoridades locais, empresários e criadores. “Em meio à crise, a boa festa é inaugurar novos empreendimentos e gerar trabalho”, declarou Wagner, salientando que não há um alarmismo, mas uma responsabilidade para com a população.

Sobre a obra recém inaugurada e fruto da parceria do governo com a iniciativa privada, o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária (Adab), Cássio Peixoto, reconhece que a unidade atende aos padrões técnicos e de controle higiênico sanitário, em cumprimento às Portarias Ministeriais de n.º 304 e 145, e oferece à população produtos de boa qualidade, combatendo o abate clandestino de animais e seus subprodutos na região, além de preservar a saúde do consumidor. A agência é responsável pelos trabalhos de inspeção e fiscalização, além de promover uma ação educativa junto à população, visando um consumo consciente e saudável.

O Frigoalas, resultado da parceria do Governo do Estado com a iniciativa privada, contou com um investimento de R$ 12 milhões e tem capacidade de abate de 1,2 mil animais/dia, entre bovinos, suínos, caprinos e ovinos, atendendo a 38 municípios vizinhos.

O grande diferencial deste projeto está na adoção de um sistema de prestação de serviços de abate para o pequeno comerciante. “Assim promovemos a migração do abate clandestino para o formalizado. Este é um serviço de utilidade pública, que promove a melhoria na saúde, o controle efetivo da aftosa e de zoonoses e que garante emprego à população”, avaliou o presidente do Frigoalas, Manoel Mairton de Souza.

Uma alternativa para o alagoinhense Valnei Santos Cerqueira, que estava desempregado há cinco anos. “Precisava garantir o sustento da minha família e já estava sem esperanças. Agora tenho emprego e todos os meus direitos garantidos. Trabalho na base da graxaria, onde se prepara o sebo e ração de galinha e cachorro, a partir das vísceras do animal abatido”, descreveu entusiasmado o funcionário do Frigoalas.