A Embasa deu um importante passo para aperfeiçoar o monitoramento de seus mananciais. Foi assinada, no último dia 16, a ordem de serviço para o desenvolvimento de um programa informatizado de gestão ambiental georreferenciado, com apoio de imagens de satélite, reunindo informações sobre parâmetros de qualidade da água, fontes de poluição, ocupações e atividades econômicas nas Áreas de Preservação Permanente (APP).

O desenvolvimento do programa, batizado de Sistema de Gestão Ambiental de Mananciais (Sigam) está a cargo da Fundação Politécnica, com a coordenação da Superintendência de Meio Ambiente e Projetos e do Departamento de Tecnologia da Informação da Instituição.

O primeiro manancial a contar com monitoramento pelo Sigam será a Barragem Joanes I, situada entre os municípios de Camaçari e Simões Filho, cujo sistema, associado ao do Rio Ipitanga, é responsável por 40% do abastecimento de água de Salvador.

Gestão ambiental

Atualmente, a Embasa monitora a qualidade da água do Rio Joanes, das barragens Joanes I e II e de todos os mananciais da Região Metropolitana de Salvador (RMS), através de análises físico-químicas e bacteriológicas realizadas regularmente em pontos de coleta georreferenciados. A partir do resultado das análises, são emitidos relatórios de Índice de Qualidade da Água (IQA) e informações de apoio à gestão ambiental.

Outros fatores que interferem na qualidade da água, como a evolução das atividades humanas na APP de determinado rio, também são acompanhados pelos técnicos da Embasa. Todas essas informações são referenciadas via GPS, mas não estão integradas num só sistema.

Com o Sigam, todas as informações serão visualizadas numa imagem de satélite do manancial, atualizada de seis em seis meses, e os relatórios serão automaticamente emitidos, consolidando históricos e as últimas atualizações relativas a qualquer fator monitorado pela empresa. A Barragem de Joanes I é um projeto piloto, que será depois replicado em todos os mananciais da empresa.

Para o superintendente de Meio Ambiente e Projetos da Embasa, Júlio Mota, o programa é importante não apenas como um instrumento de gestão de mananciais, mas também porque ele contribuirá, no futuro, com a integração dos sistemas de gerenciamento dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, fortalecendo as políticas públicas que envolvem o uso da água.

Diagnóstico socioambiental

A Fundação Politécnica da UFBa, além de integrar as informações relativas ao monitoramento da Barragem Joanes I ao Sigam, vai realizar um cadastramento das ocupações e diagnóstico socioambiental da APP da Barragem Ipitanga I. Esse diagnóstico apoiará a futura integração deste manancial e do Parque Metropolitano de Ipitanga I ao Sigam.