Publicada às 12h00
Atualizada às 19h05

A produção industrial baiana teve um crescimento de 13,7% em fevereiro, em relação ao mês anterior. No período, a taxa nacional cresceu 1,8% e o conjunto da região Nordeste teve uma expansão de 4,1%. Os setores que mais contribuíram para a expansão da taxa na Bahia foram produtos químicos (31,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (19,1%), seguidos da metalurgia básica (33,2%), alimentos e bebidas (3,5%) e borracha e plástico (3,0%).

Ainda que negativa, na comparação entre fevereiro de 2009 com o mesmo mês de 2008, com uma queda de 10% , a taxa na Bahia foi a segunda melhor entre os estados pesquisados, atrás somente da única expansão registrada no país, de 1,5%, no Paraná, e à frente das médias brasileira (-17,0%) e nordestina (-12,1%). Nos dois primeiros meses de 2009, a taxa acumulada é de -13,8%.

De acordo com a análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, com base nos resultados da Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo IBGE, a indústria ganha fôlego, apesar de ainda estar num patamar menor do que o de 2009.

“Os indicadores mostram que está se desenhando uma tendência de recuperação em relação a 2009. Ainda estamos num patamar baixo, mas a expectativa é de que, até o final do ano, seja ultrapassado o nível de produção do ano passado”, explica o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis.

No confronto com fevereiro de 2008, quatro segmentos da indústria de transformação – que caiu 10,1% no período – registraram variações negativas. A principal contribuição negativa veio de produtos químicos (-21,8%), por conta da menor produção de etileno não-saturado e polietileno de baixa densidade. Outros setores que influenciaram o recuo na indústria no período foram: metalurgia básica (-24,6%) – redução na fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre, e lingotes, blocos ou placas de aços ao carbono –, refino de petróleo e produção de álcool (-7,5%) – queda na produção de óleo diesel e nafta. O segmento de celulose e produtos de papel apresentou queda de 11,9%.

Dos quatro segmentos que registraram crescimento no período, são destaques alimentos e bebidas (16,6%), sendo influenciado pelo aumento na produção de farinhas e pellets da extração de óleo e óleo de soja em bruto, e veículos automotores (35,9%).

No acumulado do ano, comparada com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial tem queda de 13,8% e a indústria de transformação registrou taxa de -14,2%. Produtos químicos (-28,2%), metalurgia básica (-35,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-11,2%) foram os segmentos com as maiores contribuições para a queda no período.

As maiores contribuições positivas vieram dos segmentos de alimentos e bebidas (13,4%) com aumento na fabricação de farinhas e pellets da extração do óleo de soja e minerais não-metálicos (13,0%), em função do aumento na produção massa de concreto para construção.

No acumulado dos doze meses, a taxa da produção industrial baiana registra queda de 0,9%, valor igual ao da indústria de transformação. Quatro segmentos apresentam taxas negativas: refino de petróleo e produção de álcool (-2,1%), produtos químicos (-10,2%), metalurgia básica (-2,7%) e veículos automotores (-11,9%). Dos segmentos que apresentam crescimento no período, destaca-se celulose, papel e produtos e papel (21,9%) e alimentos e bebidas (6,2%).