As vendas do varejo baiano cresceram 4% em fevereiro, em relação ao mesmo período de 2008. Na comparação com janeiro de 2009, a variação também foi positiva (1,2%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC/IBGE), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento.

“Fevereiro já indica uma leve melhoria na atividade econômica frente a janeiro. Apesar de não tão expressiva quanto as taxas registradas nos anos anteriores, a taxa de fevereiro foi de crescimento de vendas, enquanto em janeiro houve retração de 0,5% na comparação com dezembro de 2008”, aponta o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis. Na avaliação do bimestre (janeiro e fevereiro), a taxa acumulada de 3,4% está abaixo da acumulada no mesmo período de 2008 (8,9%).

Comparando fevereiro de 2009 com fevereiro de 2008, os principais destaques nas vendas foram os ramos de Outros artigos de uso pessoal e domésticos (43,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (34,6%). Também cresceram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,6%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,5%), sendo que no subgrupo de Hipermercados e supermercados a variação foi de 6,3%.

O grupo de Outros artigos de uso pessoal e doméstico acumula aumento de 39,5% no bimestre, com o bom desempenho nos dois primeiros meses do ano. Entram neste ramo as vendas de CDs, material ótico e fotográfico, jóias, artigos esportivos brinquedos etc, com destaque para as lojas de departamento, onde pode-se encontrar um mix de artigos.

Ainda impulsionado pelo aumento das vendas de material escolar que, tradicionalmente, se intensifica nos primeiros meses do ano, o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria expandiu 34,6%. Com esse resultado, no acumulado dos meses janeiro-fevereiro, os negócios do ramo registraram incremento de 43,9%. No bimestre, esta foi a variação mais significativa dentre as oito atividades que compõem o indicador do comércio varejista.

O grupo de Hipermercados, supermercados, produtos, alimentícios, bebidas e fumo, com 8,5% no mês, acumula 6,7% no ano. Em fevereiro, o maior peso para o crescimento da taxa global do varejo veio desse grupo.

Em fevereiro, os ramos de atividades mais dependentes do crédito mantiveram acentuados recuos, a exemplo de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-32,3%) e Móveis e eletrodomésticos (-8,3%). Desde setembro de 2003, o segmento de Móveis e eletrodomésticos vinha apresentando, mensalmente, expressivos aumentos nas vendas. Porém, fevereiro foi o terceiro mês consecutivo de retração e a mais acentuada ao longo desses últimos meses (-8,3%). No acumulado do bimestre, as vendas tiveram queda de 5,9%. O crédito mais escasso e os juros mais altos dificultaram os negócios deste ramo.

Também registrou desempenho negativo Combustíveis e lubrificantes (-2,3%), enquanto que as vendas de Tecidos, vestuário e calçados permaneceram estabilizadas. Nos dois segmentos que não integram a taxa geral do varejo, a pesquisa apurou crescimento de 4,5% no ramo de Veículos, motocicletas, partes e peças, e queda de 9,3% no de Material de Construção.