A sala para atendimento da Defensoria Pública na Penitenciária Lemos Brito (PLB), inaugurada nesta quarta-feira (15), vai propiciar um tratamento mais digno e humano e melhores condições no atendimento para aproximadamente 1,4 mil presos.

A secretária da Justiça, Marília Muricy, destacou a importância da realização deste projeto junto com a Defensoria Pública. “Uma das maiores angústias do preso é exatamente a falta de perspectiva no terreno da assistência jurídica. Eles têm uma carência muito acentuada dos defensores e, por outro lado, os defensores sempre tiveram a dificuldade de trabalhar no sistema prisional porque os espaços destinados eram muito deteriorados e não davam condições de trabalho. Nós assumimos o compromisso de juntar forças no sentido de proporciona-lhes o que aqui está hoje”, garantiu.

A defensora geral, Tereza Cristina Almeida Ferreira, agradeceu a Marília Muricy pela sua atuação e conduta ao gerenciar a SJCDH, citando a formação do núcleo gestor, que reúne representantes de entidades que atuam no sistema prisional, como um grande marco de sua gestão. “Esta inauguração une postura ideológica e vontade política. Buscamos oferecer dignidade no atendimento ao preso e buscamos sair do mundo da crença para a realidade”, afirmou Tereza Cristina destacando que, na PLB, haverá defensor todos os dias para atender aos internos.

O novo espaço da Defensoria na PLB possui três salas para atendimento individualizado, uma sala de espera e é bastante amplo, climatizado, com mobiliário e equipamentos de informática. Com a solenidade na PLB foram inauguradas as salas da Defensoria Pública, simbolicamente, nas demais unidades prisionais. Durante a solenidade foi anunciada a implantação de um sistema informatizado de credenciamento que permitirá o gerenciamento do atendimento realizado pela Defensoria junto aos internos.

No evento, foram distribuídas para os presos a cartilha Reconstruindo o caminho para a cidadania, elaborada pela defensoria em parceria com a SJCDH, que tem como objetivo explicar os direitos e deveres dos internos do sistema prisional, baseada na Lei de Execuções Penais.