Aproximadamente 80 mil alevinos das espécies tambaquis, tambacus e paquis, vão ser distribuídos nesta sexta-feira (03), pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), através da Bahia Pesca, em aguadas públicas no município de Serrinha, a 173 quilômetros de Salvador. A distribuição acontece nas fazendas Cabeça da Vaca e Mandacaru, que têm aguadas com 18 mil metros quadrados de lâmina d’água, onde os alevinos serão colocados, e beneficiarão mais de 600 famílias de pequenos produtores rurais.

Após o povoamento, essas comunidades terão, periodicamente, assistência dos técnicos da Bahia Pesca, que orientarão às famílias sobre o cultivo, produção e comercialização dos pescados. Os alevinos serão transportados da estação de Piscicultura, na Barragem do Joanes, em Camaçari, e depois de um período que varia de seis a oito meses, no período de engorda, vão estar adequados para consumo e comercialização.

O trabalho de povoamento de aguadas públicas, desenvolvido pela Bahia Pesca nos últimos dois anos, foi retomado em março de deste ano, com o povoamento de aguadas e barragens públicas nos municípios de Tancredo Neves e Mutuípe, região próxima do Vale do Jiquriçá, beneficiando aproximadamente 300 famílias, com a distribuição de 70 mil alevinos de tilápias.

Alternativas de renda

O Programa de Povoamento de Barragens Públicas Comunitárias tem a meta de distribuir aproximadamente 15 milhões de alevinos, o que possibilitará uma produção anual em torno de três mil toneladas de peixes, nos 106 municípios selecionados, localizados nas regiões da Bacia do Rio Paramirim, Sertão Produtivo (região de Brumado), Vitória da Conquista, Oeste e Região Sisaleira.

Para o presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, o programa, além de potencializar o uso das aguadas públicas, de uma forma em geral, propicia fontes alternativas de renda e emprego, uma vez que esses reservatórios recebem peixes que são facilmente adaptados às condições climáticas dessas regiões, se transformando em alimentos para milhares de famílias que vivem da agricultura familiar. “O foco do nosso trabalho é sempre oferecer alternativas de renda para as populações mais pobres, principalmente para aquelas que vivem no interior do estado”, disse.

Em Serrinha, o projeto de povoamento contempla sete comunidades, totalizando 1.140 famílias beneficiando direta e indiretamente. São elas: Tanque Grande (300 famílias), Cabeça de Vaca (300 famílias), Mandacaru (300 famílias), Gravatá (100 famílias), Retiro (100 famílias), Camiranga (30 famílias) e Porteira (10 famílias).