Ampliar as relações comerciais e firmar parcerias para investimentos de interesse da Bahia e da Venezuela foram os principais pontos discutidos no encontro do Secretário de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico do Governo Bolivariano de Aragua, Venezuela, de Jorge Tejera, com o presidente do Centro Internacional de Negócios da Bahia (Promo), Ricardo Saback, nesta segunda-feira (25). Integrante da missão chefiada pelo presidente Hugo Chávez, o secretário visitou o Promo acompanhado do presidente do Instituto Autônomo de Turismo, Rafael Romero.

“Somos parceiros no continente e queremos ampliar parcerias de interesse comum do estado de Aragua com a Bahia”, afirmou o secretário Jorge Tejera, apresentando a proposta de acordo a ser firmado entre a Secretaria e o Promo para incentivar a aproximação entre empresários dos dois países. Para viabilizar o acordo, ele pretende criar uma instituição similar ao Promo, que, por sua vez, vai transferir tecnologia para o estado venezuelano.

“A Bahia tem o maior interesse em ampliar negócios com o estado venezuelano”, afirmou Ricardo Saback, ressaltando que “o incremento do fluxo de comércio e o desenvolvimento de novas oportunidades de investimentos entre empresas das duas regiões é o caminho que se impõe no momento”. Além disso, ele pontuou que a Venezuela é um mercado amplo, com oportunidades para exportadores baianos já que faz aquisições de tecnologia, serviços, maquinaria e de matéria-prima no exterior.

Segundo o presidente do Promo, no período de 2004 a 2008, o intercâmbio comercial entre a Bahia e a Venezuela aumentou de US$ 56 milhões para US$ 157 milhões, apresentando uma taxa média de crescimento de 33% ao ano. Em 2008, a Venezuela foi responsável por 1,5% das exportações baianas, posicionando-se como o 13º parceiro comercial da Bahia e como o 3º na América Latina.

As exportações baianas para a Venezuela elevaram- se de US$ 53 milhões, em 2004, para US$ 128,1 milhões, em 2008, o que representa um crescimento médio de 40% ao ano. Já as importações cresceram menos no período, em média de 15,5%, alcançando US$ 29,3 milhões em 2008, o que resultou em um superávit comercial para a Bahia de US$ 98,8 milhões.

“A política de estabilização implementada pelo governo, vinculada à abertura da economia venezuelana e sua adesão ao Mercosul, faz com que este seja um mercado bastante promissor para os exportadores baianos”, disse Ricardo Saback. A possibilidade de ampliação nas vendas já vem ocorrendo em diversos setores, com maior ênfase na área automobilística e petroquímica.

Ele vê também perspectivas para o incremento de negócios nos setores de calçados; grãos (soja e derivados); gorduras e óleos vegetais; papel e celulose; fios e tecidos sintéticos; confecções; algodão; produtos da indústria metalúrgica (tubos de ferro/aço e acessórios); transformados plásticos e rochas ornamentais.