Os projetos estruturantes e prioritários do Governo do Estado até 2010 foram apresentados aos dirigentes do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-Ba), pelo secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, segunda-feira (11), na sede da instituição.

Pinheiro apresentou um panorama de ações que buscam a desconcentração da economia estadual e o desenvolvimento equitativo. A posição é uma referência direta à participação superior a 30% da indústria petroquímica no Produto Interno Bruto (PIB) baiano. “Uma das soluções para viabilizar os projetos programados é estreitar os laços com a União, principalmente, nas ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC ) e no projeto Territórios da Cidadania, pois não haverá contingenciamento”, afirmou Pinheiro.

Entre os investimentos de infraestrutura no eixo Oeste-Leste, Pinheiro destacou a construção da ferrovia EF 334 (Integração Oeste-Leste), que facilitará o escoamento de grãos, minérios, biocombustíveis, fertilizantes e derivados do petróleo. Aliada à restauração da BR 242, à pavimentação das rodovias que ligam a Bahia ao norte de Minas Gerais e à construção do Porto Sul, na região de Ilhéus, o Governo do Estado prevê que a ferrovia seja a espinha dorsal de um movimento de integração regional e de ampliação da competitividade.

As intervenções na infraestrutura e na mobilidade da capital para tornar-se sede da Copa do Mundo de 2014 também geraram muita expectativa nos empresários. Para o presidente do Sinduscon, Vicente Mattos, tanto os projetos estruturantes quanto as pequenas obras significam a abertura de oportunidades. “Penso que o setor da construção se constitui um dos pilares de maior segurança do crescimento do nosso país e o nosso foco é desenvolver o mercado aumentando o potencial de crescimento da economia e consequentemente a melhoria da nossa sociedade”, ressaltou.

Entre as iniciativas que o secretário Walter Pinheiro listou como fundamentais para agilizar a execução dos programas realizados em parceria com o governo federal está a criação de Salas de Situações. “A idéia é separar os investimentos por áreas e projetos e solucionar as pendências no repasse de recursos entre a Caixa Econômica Federal, as empresas e as prefeituras. Tudo isso mediado pelo Estado”, explicou Pinheiro.

Segundo o secretário, a partir da próxima semana, o modelo de funcionamento estará definido, e o início das atividades será imediato. A proposta teve origem após uma reunião na última quinta-feira (8) com o secretário de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Humberto Oliveira, sobre as formas de aumentar e acelerar a execução do programa Territórios da Cidadania na Bahia.

O Estado já superou a média nacional em quase 15 pontos percentuais, alcançando aproximadamente 87% na execução dos recursos do programa, e pretende atingir os 100% neste ano.