A busca de melhor qualidade para a cachaça de alambique, a conquista de novos mercados para os produtores e o desenvolvimento tecnológico do setor são temas que estão sendo abordados no 2º Congresso Brasileiro da Cachaça, que termina nesta sexta-feira (22), em Salvador. Cerca de 400 pessoas, entre produtores, empresários, pesquisadores, estudantes e apreciadores da cachaça de qualidade participam do evento, que conta com 46 palestrantes, incluindo representantes de Cuba e do México.

Hoje existem na Bahia cerca de 7 mil unidades agroindustriais que produzem cerca de 60 milhões de litros de cachaça por ano e empregam 35 mil pessoas diretamente. “O grande desafio é que cerca de 90% desses produtores precisam sair da informalidade, situação que dificulta a profissionalização do setor”, explica o coordenador do Congresso, Massilon Araújo.

Cerca de 15 marcas de cachaça de alambique participam de um programa que visa fortalecer o setor a partir da cooperação empresarial. Coordenado pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), o Progredir atua junto à cadeia produtiva de derivados da cana-de-açúcar, dentre 11 segmentos produtivos, disponibilizando cursos de qualificação em gestão, acesso à certificação, consultorias e incentivando a cooperação.

Na solenidade de abertura, na noite da última quarta-feira (20), o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ildes Ferreira, destacou que a cachaça, bebida originariamente brasileira, possui condições de ganhar mercado internacional e competir com outras bebidas em pé de igualdade. “A Bahia é o segundo maior produtor de cachaça de alambique do Brasil, ficando atráz apenas de Minas Gerais. Um evento como este em nossa capital mostra a preocupação dos produtores e empresários do setor na busca de melhor qualidade de seus produtos. A pesquisa e a inovação são diferenciais que podem abrir portas e contribuir para o desenvolvimento do setor”, destacou Ferreira.