Dentro da programação de painéis e mesas redondas do Free Software Bahia 2009, o diretor de Infraestrutura Tecnológica da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), Napoleão Lemos, participou do debate Compartilhamento e Desenvolvimento Cooperado no Setor Público. Para ele, existem várias políticas públicas para cidades digitais, mas falta um modelo de integração dessas diversas políticas públicas voltadas para o município.

“Este modelo tem três grandes ações estratégicas: governo eletrônico com o objetivo interno de melhorar a gestão dos processos e o objetivo externo de prestar serviços a população. Criação dos pólo de TIC, onde teríamos serviços e software para atender a demanda do governo eletrônico. Por fim é a inclusão sociodigital da população e dos pequenos e micro empresários”, explica Napoleão Lemos.

Napoleão acrescenta, ainda, que na Bahia este modelo integrado de políticas públicas está avançando de forma rápida. "O programa de cidades digitais da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) já prevê 28 cidades digitais em nosso estado, inciando-se brevemente em Vitória da Conquista. O Estado quer dotar essas cidades de infraestrutura de redes de acesso à internet banda larga. Este é o nosso grande desafio”.

Logo após, o diretor-presidente da Prodeb, Elias Sampaio, participou como mediador do tema Software Livre para o Cidadão: Soluções Inovadoras no Serviço Público. Segundo Elias, a Prodeb deve estar atenta a essas questões, mesmo porque é justamente este tema que a empresa está discutindo e levando à discussão dentro da estrutura do Governo do Estado. “As novas tecnologias da informação são multifacetadas. Na área de TI não se pode estar focado em apenas um ambiente ou apenas em uma área específica de intervenção.

Para Elias Sampaio, a discussão do software livre não se apresenta apenas como um instrumento técnico para área de tecnologia da informação. “Muito mais que uma ferramenta tecnológica, o software livre, na verdade, se mostra como uma opção na forma de uso e gestão das novas tecnologias. O debate deve levar em consideração a questão do uso do software livre também como elemento que dialoga, de forma muito particular, com a questão do setor público“.