Reuniões do Comitê Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, que acontecerá nesta quarta-feira (3), do Comitê Estadual de Agrotóxico, dia 4, e da Comissão Técnica Regional do Algodão, dia 5, no auditório do complexo da Feira de Tecnologia Agrícola e Negócios (Bahia Farm Show), em Luis Eduardo Magalhães, serão algumas das ações que a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) realizará durante o evento. O objetivo é aproximar cada vez mais a defesa agropecuária dos produtores da região Oeste, principalmente, os da agricultura familiar.

Para os produtores de soja, serão apresentadas propostas realizadas pelo Grupo Regional de Controle da Ferrugem Asiática, avaliação do programa e suas ações, o desempenho da safra 2008/2009. No encontro, a Adab também pretende traçar as estratégias para a 7ª etapa que será lançada em outubro e implementar a Campanha do Vazio Sanitário.

Técnicos da agência estão de plantão durante todo o evento demonstrando aos visitantes do estande da Adab, através de um laboratório, como observar nas folhas da soja a presença da doença, e cadastrando produtores de soja da região.

De acordo com o diretor geral da Adab, Cássio Peixoto, o Programa Estratégico de Manejo da Ferrugem Asiática da Soja desenvolvido pela agência, tem em seu modelo de monitoramento de focos o reconhecimento do Ministério da Agricultura (Mapa). O modelo conta com uma rede de comunicação denominada sistema de alerta, que informa a assistência técnica pública e privada sobre problemas detectados durante a safra. “O vazio sanitário, já foi adotado pela maioria dos estados produtores de soja, inclusive a Bahia, o que estabelece a ausência total de plantas vivas da cultura da soja por um período de 60 dias durante a entressafra” explica Peixoto.

A Adab também divulgará os resultados dos projetos Campo Limpo e Algodão. O primeiro, devido ao grande número de embalagens recolhidas pela central de Barreiras, colocou a cidade em primeiro lugar em recolhimento no país. Já no que se refere ao programa do Algodão, a agência vai ratificar a adesão dos produtores ao manejo do arranquio da soqueira, conceder certificados de regularidade aos produtores vinculados ao Proalba, realizará ajustes no programa de Monitoramento e Controle do Bicudo e instalará núcleos Regionais de Iuiú, Guanambi, Jaborandi e Correntina.

Para o diretor de defesa vegetal da Adab, Armando Sá, uma das principais estratégias de defesa fitossanitária adotadas pela agência é a destruição da soqueira, que é a forma mais efetiva acabar com o alimento da praga na entressafra. “É fundamental a conscientização dos produtores sobre a importância de se combater o bicudo nas plantações do algodoeiro. Só quem ganha é a cotonicultura baiana que pode competir de igual para igual com os mercados nacionais”, afirmou Sá.

Campanhas de educação sanitária para orientar os produtores sobre a importância do arranquio da soqueira, consequentemente a redução dos níveis populacionais da praga do bicudo do algodoeiro, palestras, distribuição de materiais didáticos e inspeções em propriedades produtoras de algodão são algumas das ações realizadas pela Adab durante todo o ano e intensificadas no período de entressafra.