Com o tema Um colorido a mais na Agricultura Familiar, um dia de campo sobre a cultura do algodão colorido será promovido pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), por meio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA). O evento será realizado nesta sexta-feira (19), na Fazenda Progresso, localizada na comunidade de Lagoa do Tio, município de Wanderley, no Oeste baiano.

A expectativa do evento é criar novas alternativas agropecuárias voltadas para a agricultura familiar e possibilitar a fixação do homem no campo, com maior renda e, consequentemente, melhor qualidade de vida. “O algodão colorido é um produto natural, que alcança preços mais elevados no mercado, e que o agricultor familiar pode cultivar com sucesso em função de ser uma tecnologia de fácil acesso”, explicou o gerente Regional da EBDA em Barreiras, Carlos Augusto Araújo Santos.

A empresa vem implementando essa técnica (desenvolvida pela Embrapa) em campos experimentais e unidades de demonstração instaladas na região. Segundo Carlos Augusto, os experimentos realizados na safra 2007/2008, em Wanderley, com a variedade BRS Safira, resultaram em uma produtividade média de 2.250kg (150 arrobas), de algodão em caroço, o que é considerado excelente. “Apesar do algodão convencional (branco) alcançar um rendimento maior, o algodão colorido tem um valor agregado acima de 30%”, comentou Augusto.

Durante o dia, a EBDA, além de apresentar a unidade experimental da cultura do algodão colorido, vai informar aos agricultores os tratos culturais necessários na condução desta espécie e divulgar as ações da empresa no âmbito da pesquisa com a referida cultura em toda a região.
Os produtos confeccionados com algodão colorido e a expectativa do mercado local, nacional e internacional, com suas demandas, ofertas e preço também serão destacados pelos técnicos da empresa.

Incentivo

Dentro do Projeto de Incentivo à Introdução da Cultura do Algodão na Agricultura Familiar no Oeste Baiano, a Seagri, por meio da EBDA, desde janeiro de 2008 realiza testes com três cultivares de Algodão em três propriedades de agricultores familiares, nos municípios de Angical, Baianópolis e Wanderley.

Os cultivares testados foram: BRS Safira, de cor marrom avermelhado; BRS Verde, de cor verde, e BRS 8H, de cor branca. Já se observa que o algodão colorido não é transgênico, não necessita de tingimento, garante a preservação do meio ambiente e ainda pode ser utilizado tanto na indústria têxtil, como no artesanato.
O desafio do projeto é diversificar o cultivo e permitir a sustentabilidade da produção para os agricultores familiares, com a difusão de novas tecnologias e assistência técnica, prestada pelos técnicos da empresa. Isso está sendo viabilizado por meio de ações conjuntas como implantação de unidades de testes e demonstrações, capacitação de técnicos e agricultores e inclusão no mercado, do algodão colorido através de feiras e exposições.