A Bahia, segundo produtor nacional de citros do país e primeiro do Nordeste, já pode comercializar com outros estados frutos e mudas desta cultura. O estado foi declarado área livre da Pinta Preta, Cancro Cítrico, Mosca Negra dos Citros, Morte Súbita e Greening, doenças que acometem os citros, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Esse novo status vai aquecer a economia nas regiões produtoras, a exemplo dos municípios de Rio Real, Inhambupe, Itapicuru, Cruz das Almas, Barreiras, São Desidério, Itaberaba, Prado, Caravelas e Juazeiro, gerando mais de 35 mil empregos diretos e 65 mil indiretos.

A declaração do Ministério de Agricultura será feita nesta sexta-feira (19), às 11 horas, no auditório da Câmara Municipal de Rio Real, pelo diretor de Sanidade Vegetal do Mapa, Geraldo Baldini. O ministério considerou a relevante produção de citros no estado, principalmente na região do Litoral Norte, e o rigoroso trabalho de defesa fitossanitária realizado pela Secretaria da Agricultura Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), por meio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).

De acordo com o secretário da Agricultura, Roberto Muniz, o governo não mediu esforços para conquistar para a Bahia o reconhecimento de área livre das pragas quarentenárias dos citros. “Recursos foram viabilizados para adequação de ambientes produtivos, melhorando a estrutura dos solos com processo de subsolagem, assim como o monitoramento sistemático de pragas e fiscalização de trânsito de materiais propagativos e dos frutos. As ações integram o projeto fitossanitário de citros implantado pela Adab”, disse Muniz.

O diretor Geral da Adab, Cássio Peixoto, destaca que com o reconhecimento do Mapa, a Bahia ganha condições de comercializar sua produção e mudas de citros com outros estados, pois o documento atestará a sanidade desses produtos. “A Bahia é o segundo produtor nacional de citros do país e o primeiro do Nordeste, com a atividade focada na agricultura familiar”, lembra Peixoto, destacando a importância social da declaração.

Defesa fitossanitária

A Adab tem seguido as normativas do Mapa e intensificado o monitoramento e fiscalização do trânsito de materiais cítricos, capacitação de agentes pragueiros, turmeiros de colheita e produtores rurais, bem como a utilização dos agrotóxicos e a retirada das embalagens vazias dos pomares. Além da fiscalização, a agência vem desenvolvendo ações de educação sanitária junto aos pequenos produtores, alertando-os quanto a importância de estarem em dia com a documentação fitossanitária de origem (CFO).

Outra ação da Adab é o reforço da vigilância em suas barreiras sanitárias fixas e móveis, principalmente na divisa do estado com o Espírito Santo, onde já foi detectado um foco da Mancha Preta.