A Bahia, segundo produtor nacional de citros do país e primeiro do Nordeste, já pode comercializar com outros estados e para o exterior e mudas desta cultura. O estado foi declarado área livre da Pinta Preta, Cancro Cítrico, Mosca Negra dos Citros, Morte Súbita e Greening, doenças que acometem os citros, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, (Mapa).

A declaração do Ministério de Agricultura foi entregue nesta sexta-feira (19), às 11 horas, no auditório da Câmara Municipal de Rio Real, pelo diretor de Sanidade Vegetal do Mapa, Geraldo Baldini, ao secretário estadual da Agricultura, Roberto Muniz. “Hoje é um dia especial para a Bahia. Este diploma é uma honra para nosso estado”, disse o secretário ao receber a certificação.

De acordo com Muniz, a declaração feita pelo Mapa é como uma ponte que liga Rio Real e a Bahia ao mundo. “É uma certidão de nascimento que atesta que a laranja e o limão produzidos no nosso estado são sadios e de qualidade”. O secretário destacou e elogiou a atuação da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), na implementação das ações de vigilância e controle. “Esta conquista não é só do governo. É dos produtores que trabalham sem descanso na busca da qualidade”. Roberto Muniz lembrou que a citricultura é uma atividade que envolve grande quantidade de agricultores familiares.

O ministério considerou a relevante produção de citros no estado, principalmente na região do Litoral Norte, e o rigoroso trabalho de defesa fitossanitária realizado pela Secretaria da Agricultura Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), por meio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).

Segundo o secretário da Agricultura, Roberto Muniz, o governo não mediu esforços para conquistar para a Bahia o reconhecimento de área livre das pragas quarentenárias dos citros. “Recursos foram viabilizados para adequação de ambientes produtivos, melhorando a estrutura dos solos com processo de subsolagem, assim como o monitoramento sistemático de pragas e fiscalização de trânsito de materiais propagativos e dos frutos. As ações integram o projeto fitossanitário de citros implantado pela Adab”, disse Muniz.

O diretor Geral da Adab, Cássio Peixoto, destaca que com o reconhecimento do Mapa, a Bahia ganha condições de comercializar sua produção e mudas de citros com outros estados, pois o documento atestará a sanidade desses produtos. “A Bahia é o segundo produtor nacional de citros do país e o primeiro do Nordeste, com a atividade focada na agricultura familiar”, lembra Peixoto, destacando a importância social da declaração.

Defesa fitossanitária

A Adab tem seguido as normativas do Mapa e intensificado o monitoramento e fiscalização do trânsito de materiais cítricos, capacitação de agentes pragueiros, turmeiros de colheita e produtores rurais, bem como a utilização dos agrotóxicos e a retirada das embalagens vazias dos pomares. Além da fiscalização, a agência vem desenvolvendo ações de educação sanitária junto aos pequenos produtores, alertando-os quanto a importância de estarem em dia com a documentação fitossanitária de origem (CFO).

Outra ação da Adab é o reforço da vigilância em suas barreiras sanitárias fixas e móveis, principalmente na divisa do estado com o Espírito Santo, onde já foi detectado um foco da Mancha Preta.