A 20ª edição da Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri), foi lançada oficialmente, nesta quinta-feira (18), em Salvador, na Fundação Luís Eduardo Magalhães. Com o tema A sustentabilidade na Hortifruticultura Irrigada do Vale do São Francisco – Cenários, Desafios e Perspectivas, a feira, este ano, acontece de 15 a 18 de julho, no campus 3 da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e a expectativa é movimentar algo em torno de R$ 100 milhões.

“É a primeira vez que a feira acontece num ambiente acadêmico e vai funcionar na área experimental do curso de agronomia. È um local propício para investimentos”, evidenciou o secretário de agricultura de Juazeiro e coordenador do evento, Jairton Fraga.

Considerada uma das feiras mais importantes do país, a Fenagri assume um novo conceito. Foi elaborada seguindo quatro vertentes: estímulo ao empreendedorismo; inovação tecnológica; negócios; e difusão de conhecimento e tecnologia. A intenção, segundo o secretário de agricultura da Bahia, e representante do governador Jaques Wagner, no evento, Roberto Muniz, é acabar com o estigma ‘feira-festa’ e reforçar o ‘feira-negócios’. “A festa agora é fazer negócios. Fortalecer a fruticultura e aumentar as linhas de créditos. Discutir questões como tecnologia e sustentabilidade para os pequenos produtores”, ressaltou.

Dentre as atividades estão minicursos, seminários, visitas técnicas e encontros empresariais que acontecerão em 15 mil metros quadrados. O objetivo das oficinas é apresentar alternativas para o desenvolvimento sustentável da hortifruticultura do Vale do São Francisco.

Na feira também vai acontecer a primeira conferência sobre políticas públicas para a agricultura irrigada no semiárido brasileiro. A expectativa é de que cerca de 60 mil pessoas diretamente interessadas na atividade passem pelo local.

O Presidente da Câmara Brasil X China, Uilson Andrade, participa da feira desde a primeira edição e já sabe exatamente o que adquirir. “Pretendo investir R$ 1 milhão na compra de uva e manga para exportar para a China. Afinal o mercado chinês não foi tão afetado pela crise. Esses produtos foram escolhidos porque tem uma maior demanda. E como a manga é um produto tropical, não existe na China, promete um bom retorno”, torce ele que anda pretende levar a manga para o mercado finlandês.

Afetado pela crise econômica no ano passado, o representante dos produtores do Vale do São Francisco, Caio Bezerra Coelho, sabe bem a importância que tem a Fenagri, e da necessidade de reforçar o conceito de negócio. “Sou produtor de manga e fui pego de surpresa pela crise. Mas, com o apoio do Governo do Estado, conseguimos créditos adiantados e, com isso, pudemos investir numa nova safra que fica pronta no começo da feira”, comemorou.

Para minimizar os reflexos da crise neste ano, o secretário Roberto Muniz, pretende incentivar políticas para ampliar o mercado interno. “Não podermos abrir mão do mercado externo. Mas, pretendemos ampliar o interno. Queremos introduzir frutas na mesa dos baianos e, também na merenda escolar”, afirmou. A programação completa e mais informações no site fenagri.2009@juazeiro.ba.gov.br.