Buscar a valorização e o reconhecimento do guaraná orgânico produzido na Bahia. Esse é o objetivo do seminário que acontece nesta quarta-feira (3), em Taperoá, com produtores e trabalhadores rurais do Baixo Sul, principal região produtora no estado. O evento conta com a participação da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri).

O encontro tem como objetivo organizar e mobilizar os produtores e governantes a participar da 1ª Festa Internacional do Guaraná Orgânico da Bahia, prevista para março de 2010. “O seminário vai contribuir para maior valorização da cadeia produtiva e estabelecer a discussão com as cooperativas sobre a implantação do selo para a agricultura do guaraná orgânico”, afirma o superintendente da Agricultura Familiar da Seagri, Ailton Florêncio.

A Bahia tem produção estimada em 1,9 mil toneladas de guaraná, numa área de 6,46 mil hectares. De acordo com o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Econômico de Taperoá, Gerval Neves, as alternativas para concentrar a cadeia produtiva do guaraná orgânico na Bahia necessitam de ações técnicas e políticas. “As ações técnicas referem-se à criação do Sistema de Produção da cultura do guaraná, construção de unidades de beneficiamento para torragem, a operacionalização da Fábrica do Guaraná da Agricultura Familiar. Para ações políticas, busca–se a garantia de preço mínimo do produto”, afirma Neves.

Produção do Guaraná

A cultura do guaraná orgânico se destaca por sua importância econômica e social, especialmente no Baixo Sul da Bahia, na Costa do Dendê. Nessa região, existe uma constante procura pelos produtores para garantir o preço mínimo da cultura no estado, buscando soluções para o desenvolvimento dessa cadeia produtiva.

O guaraná é cultivado numa área superior a 6 mil hectares e emprega mais de 3,5 mil produtores familiares, distribuídos em mais de 2,5 mil pequenas propriedades rurais, com uma produção superior a 3 mil toneladas de grãos por ano. O Estado da Bahia vem buscando o beneficiamento e a valorização do guaraná. A torragem do grão do guaraná, em panela de barro, eleva o preço do produto, pois o guaraná seco ao sol não tem valor comercial e é impróprio para o consumo humano.