Eliane de Latour começou em 1983 com o documentário Les Temps du Pouvoir, rodado no Níger. Cinco filmes-documentário o seguiram. Ainda na década de 80, ela se debruçou a focar em sua fonte os lugares de abandono social aos idosos e a discriminação sexual.

Realizado em 1989, O Espelho da Vida (Le Reflet de la Vie), por exemplo, centraliza seu interesse em asilos de velhos e no hábito das sociedades contemporâneas de internar os idosos, afastando-os do convívio familiar.

O confinamento também é tema de Tão Azul, Tão Calmo (Si Bleu Si Calme), que aborda o universo de uma prisão em Paris. Já Contos e Desilusões da Corte (Contes et Décomptes de la Cour) é ambientado num harém no Níger, onde quatro esposas administram seus pequenos empreendimentos comerciais.

A Sala Alexandre Robatto exibe, em três sessões diárias, às 14h, 16h30 e 19h, uma das três obras da cineasta francesa, desta sexta-feira (19) a 26 deste mês, exceto nos dias 23 e 24, em que a sala não funciona, devido às festividades juninas.

No dia 20, os deficientes visuais serão contemplados, pois todas as sessões da sala serão audiodescritivas, numa iniciativa da Diretoria de Audiovisual (Dimas) da Fundação Cultural do Estado da Bahia.