A Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) foi vencedora de três editais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) na área de segurança alimentar e nutricional.

Recursos na ordem de R$ 3,4 milhões beneficiarão cerca de 13 mil famílias através de sistemas coletivos de produção de alimentos, agricultura urbana e periurbana e cozinhas comunitárias. O público alvo são povos e comunidades tradicionais, beneficiários do Bolsa Família que moram na Região Metropolitana de Salvador, e famílias assistidas pelos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) dos municípios de Camaçari e Itaberaba.

Um dos projetos mais importantes é o intitulado Ajeum, palavra de origem yorubá que significa “alimento”. O objetivo é apoiar a produção sustentável de alimentos por povos indígenas, quilombolas, de terreiros e pescadores artesanais, para auto-consumo.

Já o projeto de agricultura urbana e periurbana estimulará a utilização de espaços ociosos nas cidades da Região Metropolitana por famílias do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), do governo federal, para a produção e comercialização de alimentos saudáveis. Isso será um passo importante para a constituição de sistemas locais de abastecimento alimentar, geração de renda e inclusão produtiva.

O terceiro projeto está mais diretamente voltado à educação alimentar e oferta de refeições saudáveis com baixo custo a famílias referenciadas na rede de assistência social. Trabalhadores de baixa renda, desempregados, estudantes, aposentados, pessoas em situação de rua e famílias que estão insegurança alimentar serão os principais usuários destes equipamentos.

“Estas ações serão apenas parte dos esforços da secretaria para a construção do Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, o Sesan”, informou a coordenadora de Segurança Alimentar da Sedes, Luiza Trabuco. Ela cita que outros projetos já em execução pela secretaria, como a construção de cisternas para produção agrícola no semiárido, a implantação de unidades agroecológicas e de restaurantes populares, já correspondem à consolidação do Sesan. “Este será uma ferramenta potente para combater a fome e promover a segurança alimentar da população baiana”, disse.