A inflação registrou um aumento de 0,21% em maio, variação superior a apurada no mês de abril que foi de 0,05% e inferior a registrada em maio de 2008, quando a inflação chegou a 0,45%. Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), pesquisa calculada e analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento.

Dentre 375 produtos e serviços pesquisados pela SEI, 166 registraram alta nos preços, 140 decréscimos e 69 não tiveram alterações. No último mês analisado, aqueles que mais contribuíram para a elevação do índice foram: taxa de água e esgoto (36,64%), gastos com empregados domésticos (3,87%), anti-inflamatório e antirreumático (6,31%), resíduo do reajuste da tarifa de energia elétrica residencial (2,63%), cigarro (9,53%), camisa masculina (4,61%), seguro voluntário de veículos (4,03%), cerveja fora do domicílio (0,96%), batata inglesa (14,98%), mão de obra (10,62%) e analgésico/ antitérmico (5,56%).

Os produtos e serviços cujos preços reduziram e exerceram maiores pressões negativas no índice foram: automóvel novo (-2,31%), gasolina (-2,34%), passagem aérea (-30,42%), excursão, não-escolar (-4,32%), móvel para sala (-5,38%), excursão marítima (-6,52%), álcool combustível (-3,80%), roupa de cama (-5,36%), arroz (-2,86%) e camiseta, blusa e blusão femininos (-1,68%).

Desempenho dos grupos

Dos sete grandes grupos que compõem o IPC/SEI, cinco tiveram aumento e dois reduziram os preços. O grupo Habitação e encargos apresentou incremento de 3,27% devido ao reajuste da taxa de água e esgoto (36,64%), mão de obra (10,62%), resíduo da tarifa de energia elétrica residencial (2,63%) e sabão em pó/pedra (1,62%).

O grupo Saúde e cuidados pessoais cresceu 1,29%, motivado pelos aumentos nos preços de alguns produtos, como anti-inflamatório e antirreumático (6,31%), sabonete medicinal (5,80%), analgésico e antitérmico (5,56%), oftalmológico (5,03%) e hormônio e anticoncepcional (3,92%). O Setor Vestuário variou positivamente em 0,38%. Os produtos que mais influenciaram para este resultado foram: sandália infantil (7,09%), conjunto esportivo masculino (6,98%) e camisa masculina (4,61%).

Já o grupo Despesas pessoais registrou acréscimo de 0,27%, devido aos aumentos nos preços do futebol (29,03%), bicicleta (11,54%), cigarro (9,53%) e motel (4,27%). O de Alimentos e bebidas teve um incremento de 0,08%, causado pelos aumentos dos preços da alimentação fora de domicílio em 0,13% e da alimentação no domicílio em 0,07%. Somente alimentos prontos tiveram reduções nos preços de -1,20%.

Os setores que apresentaram decréscimo foram o de Transporte e comunicação, com queda de -1,19%, em conseqüência das reduções nos preços da passagem aérea (-30,42%), do gás veicular (-3,80%) e da gasolina (-2,34%), e o de Artigos de residência, que decresceu -1,54%, devido às reduções nos preços de talheres (-16,51%), filmadora (-11,67%), móvel para sala (-5,38%), entre outros.

Cesta básica

O preço da cesta básica registrou um aumento de 1,99% no mês de maio, na comparação com abril. Dos 12 produtos que a compõem, oito registraram variações positivas: banana prata (10,12%), tomate (7,49%) leite pasteurizado (0,96%), açúcar cristal (0,72%), carne bovina cruz machado (0,49%), café moído (0,42%), pão francês (0,38%) e feijão mulatinho (0,25%). Por outro lado, quatro produtos registraram variações negativas: arroz (-2,86%), óleo de soja (-2,62%), farinha de mandioca (-0,99%) e manteiga (-0,14%).

Em maio, a cesta básica passou a custar R$ 177,11 e o trabalhador comprometeu 38,09% do salário mínimo para adquirir os seus produtos.