Recolher o lixo na beira do rio, não desperdiçar água e reaproveitar embalagens descartáveis são práticas já adotadas pelo menor Adelmo Silva Oliveira, 9 anos, do município de Ribeirão do Largo, a 600 quilômetros de Salvador. Adelmo dá exemplo quando o assunto é proteger a natureza para as futuras gerações. “Eu não deixo ninguém jogar lixo no rio, sempre escovo os dentes com a torneira fechada e também faço carrinhos com garrafas de refrigerante que pego na beira do rio”, contou o garoto, que nasceu às margens do Rio Ribeirão, que abastece a região.

De acordo com a professora Anita Souza, 38 anos, o rio é a maior riqueza ambiental da região. “Sem água ninguém vive, precisamos dele revitalizado e recuperado”, reivindicou Anita, ao relembrar o passado. “Nossa maior diversão era nadar e mergulhar nas águas do Ribeirão, o que hoje não é possível devido à degradação e a qualidade da água”, contou a professora.

Para mudar essa realidade, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema) em parceria com a prefeitura local pretendem recuperar a nascente e as margens do rio, por meio do Programa de Recuperação de Matas Ciliares. Outra ideia é implantar um viveiro florestal para produção de mudas nativas que irão recompor áreas degradas.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente (Sema), Juliano Matos, que esteve no último sábado (30) na região, vamos ter que reaprender a conviver com os nossos recursos naturais, consumindo menos e preservando mais. “Sem água de qualidade não existe vida, nem solo fértil e nem produtividade”, definiu Matos.