Os festejos de São João na Bahia são realizados em praticamente todos os 417 municípios do estado. Mas, em três cidades baianas a festa ganha proporções, em função da tradição, das manifestações culturais e folclóricas e dos mais 80 shows e apresentações musicais gratuitas. Juntas, Amargosa, Cruz das Almas e Senhor do Bonfim devem receber mais de 300 mil turistas dos quatro cantos do país. O típico forró nordestino, além de garantir a animação e integração dos foliões, também proporciona renda.

O movimento de negócios estimado nas três cidades é da ordem de R$20 milhões, com a criação de mais de 5.000 empregos temporários. O público nos seis dias de eventos, nas três cidades, é de quase um milhão de pessoas.

Grandes nomes da música nordestina e nacional, como Dominguinhos, Trio Nordestino, Calcinha Preta, Flávio José, Zé Ramalho, Saia Rodada, Estakazero, Cicinho de Assis, Cavaleiros do Forró, Calypso, Santana, Adelmário Coelho e dezenas de outros estarão fazendo, gratuitamente, a alegria dos forrozeiros nos três grandes pólos do São João Baiano. Em cada cidade, serão mais de 150 horas de shows e apresentações artísticas.

Amargosa, no Recôncavo baiano, está localizada em uma região com fauna e flora exuberantes, com a presença de cachoeiras, rios e morros. As suas belas praças fizeram com que conquistasse o título de “Cidade Jardim”. No São João, Amargosa é reduto, principalmente, de jovens, que buscam diversão.

Também no Recôncavo, Cruz das Almas é conhecida pela tradicional guerra de espadas, um espetáculo de luzes, cores e muita coragem. A espada é um rojão que mede cerca de 30 centímetros e pesa 600g. É feita de bambu e recheada de pólvora, barro e limalha de ferro – item que confere o efeito brilhante às faíscas. Para quem prefere um pouco menos de adrenalina, no centro da cidade há shows para todos os gostos.

Já ao Norte do estado, no sertão baiano, Senhor do Bonfim ainda guarda tradições de um São João centenário. Os elementos nordestinos são fortes, como as bandas de pífanos, trios de sanfoneiro, além da tradição das festas nas residências. Em todas as três, não falta uma mesa farta de comidas e bebidas típicas e a hospitalidade do povo do interior.