Após o recesso de São João, todos os órgãos do Governo do Estado, que investiu R$ 2,5 milhões nas festas de 85 prefeituras, voltam a funcionar normalmente e os primeiros números começam a ser divulgados. Aproximadamente 360 mil baianos deixaram a capital em direção ao interior, enquanto a rede hoteleira de Salvador registrou 70% de ocupação.

O São João do Pelourinho, que prossegue até o dia 28, bateu recorde de público na útlima terça feira (23), com muito forró e segurança. Baianos e turistas lotaram as ruas do Centro Histórico para curtir a programação do São João da Bahia. A estimativa da Polícia Militar é de que 70 mil pessoas participaram dos diversos eventos realizados na ocasião.

As comemorações em todo o estado geraram um volume de R$ 500 milhões em negócios, além de cinco mil empregos temporários. Somente as cidades de Amargosa, Cruz das Almas e Senhor do Bonfim foram responsáveis por um volume de R$ 20 milhões em negócios.

Para garantir a segurança, a Operação São João em Paz, da Polícia Militar, contou com 25 mil policiais nos 417 municípios baianos, sendo seis mil na capital e 19 mil no interior. Antes do início da festa, as estratégias de segurança usadas no período junino foram apresentadas, no Instituto Anísio Teixeira (IAT) e em 32 municípios, para a imprensa e mais de 300 crianças e adolescentes das redes pública e privada de ensino, que serviram de multiplicadores.

Também como resultado das operações de segurança, mais de cinco toneladas de fogos de artifícios foi apreendida em Lauro de Freitas, durante uma operação realizada pela Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CPC) da Polícia Civil. O proprietário das barracas, identificado como Luís Carlos de Jesus Aragão, foi enquadrado no artigo 253 do Código Penal, que prevê pena de até dois anos de prisão para quem possuir ou transportar material explosivo sem licença.

A Companhia de Proteção Ambiental (Coppa) também atuou para coibir os ‘crimes ambientais juninos’, fiscalizando a soltura de balões que pudessem provocar incêndios nas florestas, em áreas petroquímicas e urbanas ou em qualquer tipo de assentamento urbano. Além disso, fiscalizou também o comércio de madeira, carvão e outros produtos de origem vegetal utilizados para a produção das tradicionais fogueiras juninas.

As estradas estaduais contaram com 629 policiais militares, distribuídos em 38 postos rodoviários (fixos e móveis). As ações educativas de policiamento rodoviário foram intensificadas nas BAs 001 (Ilha de Itaparica/São Roque, Valença/Nilo Peçanha), 026 (Amargosa, desde o entroncamento da BR 101), 046 (Nazaré/Santo Antônio de Jesus), 052 (Porto Feliz/Piritiba), 084 (Conceição do Jacuípe), 099 (Estrada do Coco/Linha Verde), 131 (Senhor do Bonfim/Antônio Gonçalves), 220 (Senhor do Bonfim/Andorinha) e 540 (Amargosa/Matuípe).

HGE

Mais de 1.250 atendimentos de urgência e emergência foram registrados no Hospital Geral do Estado (HGE) entre o dia 19 (sexta-feira) e a manhã desta quinta-feira (25). Desse total, 51 atendimentos foram casos de queimaduras relacionadas aos festejos juninos, sendo 35 decorrentes de explosão de bombas e 16 de outros tipos de acidentes por fogos de artifício e fogueiras. Os dados foram divulgados pelo diretor geral do HGE, André Luciano Andrade, que chamou atenção para o grande número de pacientes vítimas de agressão atendidos na unidade durante esse mesmo período.

Segundo o diretor do HGE, somente entre os dias 19 e a manhã de ontem (24), foram atendidas 60 vítimas de agressão, sendo 19 por arma branca e 41 por arma de fogo. “Nos finais de semana e feriados, tem sido muito grande o número de vítimas de agressão que dão entrada na unidade”, disse André Luciano. Ele acrescentou que assim como nos casos de acidentes por fogos de artifício, a maior parte das vítimas de agressão são adultos jovens.

Com relação aos atendimentos relacionados com as festas juninas, o diretor do HGE informou que na quarta-feira (24) foi registrado o maior número de atendimentos, e que durante os próximos dias a unidade ainda deve receber vítimas de queimaduras. “É muito comum, principalmente no interior, as vítimas de queimaduras usarem remédios caseiros e só alguns dias mais tarde procurarem atendimento, em geral com as áreas queimadas já infeccionadas”, explicou.