A nova metodologia a ser utilizada na aplicação do questionário para o mapeamento dos empreendimentos solidários foi tema do seminário que aconteceu nesta quinta-feira (17) na Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Na Bahia, a primeira etapa do mapeamento aconteceu entre 2005 e 2007, identificando 1.611 empreendimentos. A expectativa é que nessa nova etapa sejam mapeados, no mínimo, mais mil empreendimentos solidários no estado.

Realizado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego, o mapeamento tem por objetivo identificar onde estão, como funcionam e de que forma estão organizados os empreendimentos solidários. Com esses dados em mãos, são traçadas as políticas e as ações de fortalecimento para o movimento de economia solidária.

Como o questionário utilizado nos anos anteriores para coletar os dados foi totalmente reformulado para se adequar às especificidades regionais, os empreendimentos solidários de Salvador e região metropolitana se reuniram com técnicos da Senaes e da ONG Vida Brasil para discutir a nova metodologia a ser utilizada.

A próxima etapa do mapeamento está prevista para o segundo semestre deste ano e será coordenada pela Comissão Gestora Estadual (CGE), que é formada por gestores do governo, universidades e empreendimentos. Cabe a essa comissão, eleita por meio do Fórum Baiano de Economia Solidária (FBES), capacitar e orientar os pesquisadores que irão fazer a coleta dos dados.

“Muitas pessoas atuam em empreendimentos solidários, mas não têm a consciência de que fazem parte de um movimento específico. O pesquisador que fará a coleta dos dados precisa ter sensibilidade e compreensão sobre o que é economia solidária e como ela se traduz. Por isso, a importância e a necessidade da capacitação”, disse Kátia Santos, técnica da Superintendência de Economia Solidária da Setre e uma das integrantes da CGE.