Em comemoração aos 19 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a Comunidade de Atendimento Socioeducativo (Case) de Salvador, da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) e localizada no bairro de Tancredo Neves, promoveu até esta quinta-feira (30) a Semana do ECA. Ela começou na segunda-feira, com palestras, apresentação de grupos de hip-hop, fanfarra e exposição de mandalas indianas pintadas pelos adolescentes da instituição.

Os temas discutidos foram Educação para Profissionalização e Medidas Socioeducativas – Avanços, Desafios e Perspectivas. Para o diretor-geral da Fundac, Walmir Mota, a profissionalização dos adolescentes que cometeram algum ato infracional é muito importante para ressocializá-los. Ele explicou que as Cases baianas oferecem oficinas de arte, música, padaria e expressão corporal.

É nas oficinas de arte e música que o adolescente A.P., 17 anos, tem ficado a maior parte do tempo. Alojado na Case há seis meses, o adolescente afirmou que depois das oficinas passou a ter consciência de seus atos e a refletir mais sobre eles. “Aqui, não só me profissionalizo, mas tive a oportunidade de refletir sobre o passado e de mudar minha maneira de ser. Quando eu sair daqui, farei um curso de pintura para me aprimorar”, declarou.

Segundo a instrutora de arte, Bárbara Jaqueline Souza Silva, o projeto pedagógico utilizado na Case incentiva os jovens a usar a criatividade. O lúdico é trabalhado nas aulas, fazendo com que os alunos reflitam sobre as suas pinturas. “Eles são bastante criativos, não têm dificuldade para aprender. Durante as aulas utilizamos o lúdico, mas principalmente o amor. Esta é a nossa receita”, disse.