Garantir segurança alimentar e nutricional, além de um melhor aproveitamento pedagógico dos alunos de 43 escolas da zona rural de municípios do semiárido baiano. Este é um dos principais objetivos do projeto Cisternas nas Escolas, que será discutido no 1º Seminário de Planejamento, segunda e terça-feira (13 e 14), na sede da Organização Fraternal São José, no Largo de Roma, em Salvador.

O seminário pretende elaborar o planejamento do projeto de maneira participativa, envolvendo representantes do governo estadual, professores, representantes das comissões municipais de recursos hídricos, secretários municipais de Educação e prefeitos.

Considerado uma ação piloto no semiárido brasileiro, o projeto é resultado de articulações entre o governo federal, por meio dos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Educação (MEC), e do Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes).

A articulação envolve ainda entidades da sociedade civil e as prefeituras dos municípios de Araci, Boa Nova, Boquira, Central, Chorrochó, Iaçu, Ibitiara, Lajedo do Tabocal, Marcionílio Souza, Oliveira dos Brejinhos, Pindaí, Quijingue e Ribeirão do Largo, onde estão localizadas as escolas selecionadas.

Durante os 24 meses previstos para a realização do projeto, pelo Centro de Assessoria do Assuruá (CAA), cada uma das 43 escolas selecionadas será contemplada com a instalação de uma cisterna voltada para o consumo humano e outra para a produção de alimentos. Elas serão utilizadas com fins pedagógicos.

O projeto será ainda objeto de uma pesquisa que pretende contribuir com a formação dos professores e servir de exemplo para outros estados.

A ação também beneficiará 811 famílias do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal, pertencentes às comunidades do entorno escolar. Cada família receberá uma cisterna com capacidade para armazenar até 16 mil litros de água, cuja manutenção ficará sob a sua responsabilidade.

O Projeto Cisternas nas Escolas teve como uma de suas referências os princípios e diretrizes do Pacto Nacional: Um Mundo para a Criança e o Adolescente do Semiárido, proposto pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência (Unicef).