Vencedora da Copa 2 de Julho de Futebol Sub-17, a seleção brasileira teve dois representantes baianos, Emerson e Romário, na conquista da Copa 2 de Julho, promovida pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), com o apoio da Federação Bahiana de Futebol (FBF). E as famílias dos garotos marcaram presença no Estádio Armando Oliveira, em Camaçari, para acompanhar a final da competição, contra a Portuguesa.

Emerson é baiano da cidade de Feira de Santana e defende o Grêmio do Rio Grande do Sul. O meio-campista, camisa 7 da seleção, não chegou a jogar por clube baiano. “Fui para lá morar com meus tios e tive a oportunidade de entrar em uma escolinha. Me viram jogando e me levaram para um time grande como o Grêmio”, disse.

Romário tem apenas 15 anos e nasceu em Salvador. Tanto na seleção, quanto nos juniores do Vitória, onde joga com garotos de até 20 anos, ele atua com companheiros e adversários mais velhos. Mais isso não é novidade para o lateral. “Comecei jogando em um babinha de rua, ainda pequeno, no meio dos veteranos. Sempre via os babas, até que o pastor Francisco me colocou para jogar. Ele gostou de mim, achou que eu tinha talento e fez campanha para me levar para o Vitória”, contou.

No rubro-negro, Romário chegou com 11 anos, na categoria mirim, e já mira o profissional mais para frente, e ainda brinca com a velocidade do atual dono da lateral-direita do clube. “Apodi dá para correr com Usain Bolt (campeão olímpico nos 100 metros rasos).

Inspiração

A mãe-coruja, dona Terezinha, assistiu ontem (12) à primeira partida de Romário com a camisa da seleção e não escondia o orgulho e a emoção. Pena que não viu o gol. “Desci para ir buscar minha cunhada e ouvi aquele barulho todo. Quando eu subi, foi o pessoal todo dizendo: “Seu filho fez o gol’”, afirmou.

Ele nasceu em dezembro de 1994, ano em que o baixinho Romário foi o grande nome da Seleção Brasileira de Futebol na conquista do tetra e foi eleito o melhor jogador do mundo. Mas disse que se inspira em outro jogador daquele grupo. “Eu me inspiro muito no Cafu, que era um exemplo de jogador e profissional”, destacou.

Entretanto, esse não é o único espelho para o garoto. “Agora, me inspiro também em Daniel (Alves). Sabe aquele gol de falta dele? Foi muito trabalho”, explicou o garoto, que também veste a camisa 13 na seleção.

A família já tem um futuro candidato à seleção, o irmão de Romário, João Manoel, canhoto de 12 anos, que já defende o Vitória. “Ele é Bahia, mas tem a cabeça no lugar. Ele sabe que tem que honrar a camisa do Vitória para se destacar e ter sucesso na carreira”, disse dona Terezinha sobre o segundo atleta da família. A mãe tricolor, no entanto, garante que Romário é rubro-negro desde pequeno.