Apesar do quadro de propagação do vírus H1N1 estar sob controle no estado, o governo investe cerca de R$ 2,4 milhões em ações preventivas contra o avanço da doença na Bahia. O valor foi aplicado na reforma e adequação dos setores ambulatorial e hospitalar do Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM), inauguradas nesta quinta-feira (23). Agora, a unidade de saúde dispõe de mais oito leitos para atendimento específico aos pacientes com suspeitas da Influenza A, conhecida popularmente como gripe Suína.

De acordo com o governador Jaques Wagner, a Bahia está preparada para lidar com a tipologia da gripe, que mantém um padrão de contágio baixo no estado. “É preciso não criar pânico. Continuaremos atentos à evolução da doença para colocarmos em prática novos planejamentos estratégicos, se necessários, a partir da quantidade de casos”, afirma.

Até a última terça-feira (21), a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) confirmou 49 casos da doença, sem nenhum óbito. Do total, 37 (75%) são residentes de Salvador. Por isso, os investimentos em medidas combativas na capital baiana, a começar pelo Otávio Mangabeira, unidade de referência em alguns eixos assistenciais como a tuberculose. O secretário de Saúde, Jorge Solla, afirma que outras cidades também já estão sendo contempladas com ações da Sesab contra a gripe A.

“Estamos atuando em localidades com entroncamento rodoviário, como Feira de Santana. Nestas, estão sendo realizadas ações de treinamento, atualização e capacitação de clínicos para lidar com os sintomas da influenza. Além disso, a fiscalização nos aeroportos segue firme”, assinalou Solla.

Reformas Os novos leitos complementares do HEOM juntam-se a outras quatro enfermarias de isolamento total do hospital, que passaram por obras de reestruturação em abril, quando o Ministério da Saúde alertou sobre a nova cepa do vírus de influenza. No total, 12 leitos estão exclusivamente voltados ao tratamento da gripe A.

Também foi reformada a Enfermaria H, resultando no aumento de sua capacidade de atendimento, com potencial para 48 internações mensais. Por fim, a ampliação da área de triagem dos pacientes e a criação de um miniambulatório específico para o atendimento aos casos de influenza, com uma recepção e três consultórios com capacidade para realizar 2,4 mil consultas por mês.

O diretor médico do Octávio Mangabeira, Agostinho Gobira, afirma que as novas instalações já estão sendo usadas. Dois casos suspeitos, com quadro clinicamente estável, comprovam a eficácia das reformas e adequações. Segundo o médico, a equipe também está preparada para os possíveis pacientes com sintomas da gripe. Entre os métodos preventivos, Gobira destaca, “a higienização das mãos é imprescindível e, uma vez com sintomas da gripe normal, deve-se procurar imediatamente uma unidade de saúde e evitar aglomerações”.