A Região Metropolitana de Salvador apresentou diminuição do desemprego em junho. A taxa, que foi de 21,6%, em maio, passou para 21,3%, no último mês analisado, quando foram gerados nove mil empregos.

Também foram calculadas 1 milhão e 445 mil pessoas ocupadas na RMS, resultado da expansão do nível ocupacional em 0,6%. O desemprego oculto reduziu de 8,1% para 7,5%, ao contrário do aberto, que teve um aumento de 13,6% para 13,9%. Quatro regiões tiveram resultados positivos: Recife (1,3%), Distrito Federal (0,7%), Salvador (0,6%) e Porto Alegre (0,5%). Pouco variou em São Paulo (0,3%) e não se alterou em Belo Horizonte.

Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/RMS), realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda do Estado (Setre) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba).

A População Economicamente Ativa (PEA) expandiu em quatro mil pessoas. Como a criação de nove mil novos postos de trabalho, em junho, foi suficiente para absorver o número de trabalhadores que passaram a fazer parte da PEA, a população desempregada reduziu em cinco mil trabalhadores, ficando o contingente calculado em 391 mil pessoas. A taxa de participação permaneceu em 58,6% da População em Idade Ativa (PIA).

O Comércio foi o setor que mais ocupou no último período analisado, com a criação de 14 mil vagas de trabalho, crescimento de 6,1%. Em seguida, a Indústria teve uma expansão de 5,4%, o que significa que o setor mais atingido pela crise financeira mundial voltou a crescer em junho, contratando seis mil pessoas.

Os segmentos da indústria que mais influenciaram no aumento da ocupação foram, a indústria petroquímica, química, farmacêuticos e plásticos que expandiu 12,5% e a metal mecânica 5,9%.

O agregado “Demais Setores” admitiu seis mil pessoas e teve um crescimento de 2,8%. Em contrapartida, o setor de Serviços diminuiu a demanda por mão de obra, o que representa menos 17 mil postos de trabalho, um decréscimo de 1,9%. De acordo com a pesquisa, o segmento de creditício e financeiro reduziu 22,7% e nas oficinas de reparação e limpeza, menos 9,6%.

Verificando a posição na ocupação, houve incremento de 0,8% do emprego assalariado, com mais oito mil postos. O setor privado foi quem mais admitiu, com a contratação de nove mil pessoas, uma expansão de 1,2%. Do total de indivíduos que passaram a trabalhar no setor privado, sete mil foram com carteira assinada e dois mil sem carteira assinada, o que mostra uma maior aceleração do emprego celetista sobre o emprego assalariado sem registro.

O número de autônomos cresceu em seis mil vagas e o de trabalhadores domésticos em mil pessoas. Em contrapartida, o setor público eliminou três mil ocupações, um decréscimo de 1,4%. O agregado “Outros” (Empregadores, os Trabalhadores Familiares e os Donos de Negócios Familiares, etc.) reduziu em seis mil trabalhadores.

Em maio, o rendimento dos ocupados e dos assalariados manteve-se relativamente estável, em relação a abril, estimados em R$ 993 e R$ 1.089, respectivamente. Apesar de não ter crescido, o rendimento permaneceu estável, o que contribuiu para manter elevado o consumo que já vinha aquecido devido às políticas públicas de transferência de renda e ao aumento do salário mínimo nos últimos anos, contribuindo para a expansão de alguns setores da economia, como, Serviços e Comércio.

Comportamento em 12 meses

A taxa de desemprego que era de 20,6%, em junho de 2008, passou para atuais 21,3% da População Economicamente Ativa (PEA), resultado da expansão da PEA em 16 mil pessoas e da manutenção do nível de ocupação que não se alterou. Já a taxa de participação retraiu, de 59,7% para os atuais 58,6%. Observando os componentes, a taxa de desemprego aberto evoluiu de 12,2% para 13,9%, enquanto o desemprego oculto diminuiu de 8,4% para 7,5%.

Nos últimos 12 meses, o número de ocupados não variou permanecendo idêntico ao do ano anterior, 1 milhão e 445 mil trabalhadores. Em relação aos setores de atividade analisados, foram observados diferentes movimentos. Na comparação anual, o Comércio expandiu em 10,4% os postos de trabalho, um incremento de 23 mil vagas. O agregado “Demais Setores” cresceu 3,7%, com a criação de oito mil ocupações. O setor de Serviços reduziu 2,6% das vagas, com menos 23 mil, e na Indústria, 6,3% ou menos oito mil postos de trabalho.

O resultado da comparação anual também reflete a ampliação da formalização das relações de trabalho, observado por meio do crescimento do número de empregos celetistas do setor privado, na contramão da redução do trabalho sem carteira assinada.

O contingente de trabalhadores assalariados aumentou 2,2%, 21 mil pessoas. O setor privado foi o principal responsável pelo crescimento, com a criação de 12 mil vagas, resultado da criação de 39 mil empregos com carteira assinada e da extinção de 27 mil postos de trabalho sem carteira assinada.

No setor público, o crescimento foi de quatro mil vagas. O contingente de trabalhadores autônomos diminuiu em seis mil indivíduos, o de agregado “Outros” (Empregadores, os Trabalhadores Familiares e os Donos de Negócios Familiares, etc.) em oito mil, e o de trabalhadores domésticos em sete mil. O rendimento aumentou para a população ocupada em 2,4%, enquanto apresentou leve oscilação negativa para a assalariada em 0,4%.